Uma análise das tendências de empréstimos revela que os bancos internacionais representaram 25% das origens de empréstimos para escritórios nos distritos comerciais centrais dos Estados Unidos, em comparação com 17% para bancos regionais e locais. Por outro lado, os bancos regionais e locais fizeram 54% dos empréstimos para escritórios médicos e 45% para escritórios suburbanos, enquanto os bancos internacionais representaram apenas 2% e 6% desses empréstimos, respectivamente.
A situação se torna mais clara ao analisar casos específicos, como o da Aozora Bank, que identificou empréstimos imobiliários em risco concentrados em grandes cidades como Chicago e Los Angeles. A Moody’s Analytics também constatou que o esvaziamento de escritórios em áreas metropolitanas dos EUA teve aumentos significativos em locais como São Francisco e Austin, Texas.
Bancos europeus também estão expostos aos mercados imobiliários dos EUA, como é o caso do Deutsche Bank, que fez grandes provisões para perdas de crédito em imóveis comerciais nos EUA, especialmente em cidades como Nova York, Los Angeles e São Francisco.
O New York Community Bancorp, por sua vez, tem a maioria de seu portfólio de escritórios em Manhattan, o que o torna particularmente vulnerável às dificuldades financeiras que podem surgir em grandes cidades com regras rigorosas sobre aluguéis e refinanciamento de hipotecas.
No entanto, para muitos bancos dos EUA, os empréstimos para imóveis comerciais estão concentrados fora das grandes cidades ou dos distritos comerciais centrais. Especialmente para os bancos menores, que tendem a focar em empréstimos para imóveis comerciais “ocupados pelo proprietário”.
Portanto, a situação do mercado imobiliário nos Estados Unidos é complexa e variada, com diferentes desafios afetando regionais e internacionais de maneiras distintas. Este panorama diversificado requer uma abordagem cuidadosa por parte dos credores e investidores, que precisam estar atentos às particularidades de cada mercado e tipo de imóvel.
