Primeira amazona olímpica do Brasil, Lucia Faria Alegria Simões falece aos 78 anos

A história de Lucia de Faria, uma das maiores atletas do hipismo brasileiro nas décadas de 1960 e 1970, é marcada por talento, paixão e conquistas. A paixão pelos cavalos surgiu na infância, quando a menina se encantou com um cavalo comum no sítio de seu tio, em Queimados (RJ). Montada no animal, passava sobre pedaços de pau espalhados por ela pelo chão, mostrando desde cedo sua afinidade com a montaria.

Lucia foi além, transformando seu amor por cavalos em uma carreira de sucesso. Ela se tornou a primeira amazona do país a disputar as Olimpíadas, montada em Rush de Camp, terminando em sétimo lugar nos Jogos do México, em 1968. Sua trajetória vitoriosa incluiu também vitórias na Europa, conquistando o tradicional GP de La Baule, na França, em 1969.

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Seu talento era reconhecido por aqueles que a conheciam. O multicampeão Carlos Vinícius Gonçalves Motta afirma que Lucia era diferenciada pela técnica e tinha uma habilidade acima da média. Ele próprio se considera “fruto do talento dela” e reconhece a influência que Lucia teve em sua carreira no hipismo.

Fora das pistas, Lucia encontrou o amor no cavaleiro olímpico Antonio Alegria Simões, formando uma família imersa no mundo equestre. Seus filhos seguiram seus passos, com a filha Carolina também se tornando amazona.

Além de uma atleta de sucesso, Lucia era conhecida por sua discrição, calma, gentileza e disciplina. Sua aposentadoria das competições não a afastou do hipismo, e ela permaneceu ativa como desenhista de circuitos e ministrando aulas. Sua dedicação à formação de novos talentos a tornou uma figura central na Sociedade Hípica Brasileira e na Federação Equestre do Rio de Janeiro, onde ocupava o cargo de vice-presidente.

Infelizmente, Lucia Faria Alegria Simões faleceu no último dia 29, aos 78 anos, deixando um legado na modalidade equestre. Seu marido, filhos, netos e a comunidade esportiva lamentam sua perda, mas celebram a vida e as contribuições de Lucia para os esportes equestres no Brasil. Seu papel na formação de novas gerações de cavaleiros e amazonas é um legado que continuará inspirando e influenciando o hipismo brasileiro.

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