Lucia foi além, transformando seu amor por cavalos em uma carreira de sucesso. Ela se tornou a primeira amazona do país a disputar as Olimpíadas, montada em Rush de Camp, terminando em sétimo lugar nos Jogos do México, em 1968. Sua trajetória vitoriosa incluiu também vitórias na Europa, conquistando o tradicional GP de La Baule, na França, em 1969.
Seu talento era reconhecido por aqueles que a conheciam. O multicampeão Carlos Vinícius Gonçalves Motta afirma que Lucia era diferenciada pela técnica e tinha uma habilidade acima da média. Ele próprio se considera “fruto do talento dela” e reconhece a influência que Lucia teve em sua carreira no hipismo.
Fora das pistas, Lucia encontrou o amor no cavaleiro olímpico Antonio Alegria Simões, formando uma família imersa no mundo equestre. Seus filhos seguiram seus passos, com a filha Carolina também se tornando amazona.
Além de uma atleta de sucesso, Lucia era conhecida por sua discrição, calma, gentileza e disciplina. Sua aposentadoria das competições não a afastou do hipismo, e ela permaneceu ativa como desenhista de circuitos e ministrando aulas. Sua dedicação à formação de novos talentos a tornou uma figura central na Sociedade Hípica Brasileira e na Federação Equestre do Rio de Janeiro, onde ocupava o cargo de vice-presidente.
Infelizmente, Lucia Faria Alegria Simões faleceu no último dia 29, aos 78 anos, deixando um legado na modalidade equestre. Seu marido, filhos, netos e a comunidade esportiva lamentam sua perda, mas celebram a vida e as contribuições de Lucia para os esportes equestres no Brasil. Seu papel na formação de novas gerações de cavaleiros e amazonas é um legado que continuará inspirando e influenciando o hipismo brasileiro.