Entregues em São Sebastião, apartamentos de famílias desabrigadas por temporal que matou 65 pessoas no litoral norte de São Paulo

O litoral norte de São Paulo completará um ano da tragédia que matou 65 pessoas no próximo dia 19 de fevereiro. Em resposta à crise, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) prometeu a construção de apartamentos para as vítimas, mas apenas neste sábado (3) a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo entregou o primeiro conjunto com 186 unidades no sertão de Maresias.

Cada apartamento tem 44 metros quadrados, com sala, cozinha, um banheiro e dois quartos, e a mudança das famílias está prevista para segunda-feira (5).

Além disso, outras 518 unidades estão em construção no bairro Baleia Verde, com previsão de disponibilidade aos novos moradores no dia 19. O conjunto utiliza estrutura de madeira e tecnologia recentemente utilizada em prédios no Brasil, enquanto as unidades de Maresia são de alvenaria.

No entanto, a gestão de Tarcísio de Freitas tem sido criticada pela demora na entrega das habitações, e a previsão da construção de mais 256 unidades no bairro Topolândia ainda está pendente.

O governador justificou os atrasos nas obras ao atribuir erros nas estimativas de prazos à necessidade de preparação dos terrenos arenosos e alagadiços, que exigiram obras preliminares mais difíceis do que o esperado.

Outra polêmica relacionada à tragédia é a questão da desocupação das casas na área de encosta que concentrou as mortes em São Sebastião. Um estudo financiado por uma ONG concluiu que 70% das casas da região deveriam ser desocupadas, mas o laudo foi contestado pelo Ministério Público e pela Defensoria Pública do Estado.

Após reunião com representantes de moradores, Tarcísio decidiu retirar uma ação judicial pela qual pedia a remoção urgente das famílias e se comprometeu a buscar um acordo com os moradores.

No entanto, o benefício de não pagar mensalidades dos novos apartamentos está condicionado à permanência das famílias no local por no mínimo 18 meses, sem a possibilidade de venda ou aluguel dos imóveis. Além disso, os moradores não podem ser proprietários de outras residências.

A entrega dos apartamentos representa um alívio para as famílias afetadas pela tragédia, que agora terão um novo lar para recomeçar suas vidas. A gestão de Tarcísio de Freitas se comprometeu a continuar buscando soluções para os imprevistos enfrentados e a atender às necessidades das vítimas da tragédia.

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