Associação de Servidores Ambientais rejeita contraproposta do governo e mantém paralisações em defesa da reestruturação da carreira.

Paralisação de servidores ambientais reduziu autuações em 92%, diz Associação

Na última quinta-feira (1º), a Associação Nacional de Servidores Ambientais (Ascema) declarou que a contraproposta apresentada pelo governo federal para a reestruturação da carreira da categoria foi considerada insuficiente e demonstra falta de conhecimento sobre o trabalho do especialista em meio ambiente.

As paralisações dos servidores serão mantidas, segundo a entidade, e a próxima reunião entre o governo e a categoria está prevista para o dia 16 de fevereiro. Um levantamento da associação revelou que a paralisação dos funcionários das carreiras do meio ambiente reduziu em 92,6% o número de autos de infração aplicados pelo Ibama nas duas primeiras semanas de 2024.

A Ascema divulgou uma nota na sexta-feira (2) afirmando que os impactos gerados no meio ambiente e na economia devido ao prolongamento do processo de negociação são de total responsabilidade do governo. Até o momento, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos não se manifestou sobre a reunião realizada no dia anterior.

A reivindicação de um novo plano de carreira, aumento de salário e melhores condições de trabalho para o setor vem se intensificando desde 2023 e resultou em paralisações localizadas neste ano. Os servidores argumentam que, apesar da preservação do meio ambiente ser uma prioridade no discurso do presidente Lula, a carreira não foi valorizada, apesar de anos de sucateamento e ataques durante a gestão de Jair Bolsonaro.

De acordo com a Ascema, a proposta apresentada pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos demonstra falta de conhecimento sobre as atribuições da carreira de especialista em meio ambiente e complexidades. A entidade afirmou que não há uma conexão entre aquilo que foi apresentado em outubro de 2023 e a contraproposta do governo, sem detalhar as diferenças entre as duas propostas.

A categoria aguarda novas negociações e mantém a paralisação como forma de pressão para obter as condições de trabalho desejadas. Este impasse entre governo e servidores reflete diretamente no funcionamento dos órgãos ambientais e na atuação de fiscalização e autuações, o que pode gerar impactos significativos no meio ambiente e na economia do país. A situação continua indefinida até que um acordo satisfatório seja alcançado entre as partes envolvidas.

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