Líderes da UE fecham acordo de 50 bilhões de euros para ajudar a Ucrânia, apesar das ameaças da Hungria.

Os líderes dos 27 países da União Europeia finalmente chegaram a um acordo nesta quinta-feira, 1º de março, para fornecer à Ucrânia um novo pacote de ajuda de 50 bilhões de euros. Esta decisão foi tomada apesar das ameaças da Hungria de vetar a medida nas últimas semanas. O acordo foi anunciado pelo presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, uma hora após o encontro dos líderes em Bruxelas.

De acordo com Michel, o acordo garante um financiamento constante, de longo prazo e previsível para a Ucrânia, e demonstra que a União Europeia está assumindo a liderança e a responsabilidade na ajuda para o país. A necessidade dessa ajuda é clara, considerando que a economia ucraniana tem sido impactada pela guerra e enfrenta uma série crise financeira.

No caminho para a reunião, vários líderes atacaram o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, acusando-o de chantagem e de jogos políticos que ameaçavam a ajuda à Ucrânia. A situação criou tensões dentro da União Europeia e levantou preocupações sobre a disponibilidade contínua de financiamento para o país.

Em dezembro do ano passado, os líderes da UE já haviam concordado com um pacote de ajuda de 50 bilhões de euros, além de tornar a Ucrânia um candidato à adesão à união econômica. No entanto, o processo foi interrompido pelas objeções da Hungria, que vetou algumas declarações da UE e bloqueou reuniões de alto nível com a Ucrânia e a adesão da Suécia à Otan.

As críticas a Orbán se intensificaram nos dias que antecederam a reunião, com líderes de outros países questionando sua postura e suas ações. A necessidade de cooperação e solidariedade entre os membros da União Europeia foi destacada, com muitos líderes enfatizando a importância de ajudar a Ucrânia em um momento tão crítico.

Ao longo das discussões, ficou evidente a pressão sobre Orbán e a importância de garantir a aprovação unanimemente. Todos concordaram que a Ucrânia não pode ser deixada desamparada e que a UE deve cumprir com seus compromissos. A presença do presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, por videoconferência, também acrescentou urgência às negociações.

O acordo finalmente demonstra a capacidade da União Europeia de superar divergências e alcançar consenso em assuntos cruciais, como a ajuda à Ucrânia. A solução foi, sem dúvida, um alívio para muitos dentro e fora do bloco europeu, e representa um passo importante para garantir estabilidade e apoio ao país afetado pela guerra.

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