No entanto, é importante destacar que a parcela de famílias inadimplentes, ou seja, aquelas que possuem dívidas vencidas, apresentou uma queda durante o mesmo período. Em janeiro, o percentual ficou em 28,3%, o menor desde março de 2022. Em comparação, a taxa estava em 29,9% no mesmo mês do ano anterior e em 28,8% em dezembro.
Por outro lado, o total de famílias que afirmaram não ter condições de pagar suas contas alcançou 12% em janeiro, ligeiramente menor do que os 12,2% de dezembro, mas acima dos 11,6% de janeiro de 2023.
Um dado relevante é que as famílias com renda entre cinco e dez salários mínimos foram as únicas a apresentar redução no endividamento, mas também observaram um aumento na inadimplência. O presidente da CNC, José Roberto Tadros, avaliou de forma positiva os resultados da pesquisa, afirmando que as pessoas estão gradativamente conseguindo quitar suas dívidas e retomar o consumo de forma mais expressiva.
Em relação aos responsáveis pelo endividamento, destacam-se o cartão de crédito (86,8%), seguido por carnês (16,2%), crédito pessoal (9,7%) e financiamento de casa e carro (8,4%).
Esses dados sinalizam um contexto desafiador para as famílias brasileiras, mas também indicam uma melhora gradativa na capacidade de pagamento e uma retomada do consumo, conforme a análise do presidente da CNC. O cenário geral é de expectativa positiva para o restante do ano, com a possibilidade de maior planejamento financeiro e consumo mais consciente por parte das famílias.