De acordo com o laudo da Subprefeitura, o palacete sofreu danos estruturais irreversíveis, o que coloca em risco tanto o imóvel quanto a segurança dos transeuntes. Como medida preventiva, será iniciado um processo de demolição que tem prazo de execução estimado em 180 dias.
Antes da demolição, o local passará por etapas preliminares, que incluem a vistoria e a liberação de alvarás de tapume para cercar a obra, garantindo a segurança de quem transita nas proximidades.
A demolição do palacete, que data de 1913 e faz parte do patrimônio urbanístico da Bela Vista, é uma medida que gera controvérsias, já que o bairro possui importância histórica e urbanística para a formação da cidade de São Paulo. O palacete faz parte de um conjunto de imóveis e traçados viários que foram tombados em 2002, ressaltando a importância de sua preservação.
Construído para ser a residência da família Ribeiro da Luz, o casarão foi abandonado na década de 1980 e, desde então, vem apresentando sinais de deterioração estrutural. No início de janeiro, o palacete chegou a desabar parcialmente, colocando em risco imóveis vizinhos e pedestres. Como medida de segurança, a Defesa Civil interditou o local, juntamente com um prédio vizinho, devido ao risco de desabamento.
A prefeitura, por sua vez, precisou excluir a área do palacete do enquadramento como Zona Especial de Preservação Cultural para que a demolição fosse autorizada. Segundo a prefeitura, a legislação que prevê esse tipo de exclusão pode ser aplicada ao caso. A expectativa é que a demolição produza cerca de 1.000 metros cúbicos de entulho, o que corresponde a aproximadamente 70 caçambas de caminhões.
A ação de demolição do palacete é vista como necessária para garantir a segurança da região, porém, levanta questionamentos sobre a preservação do patrimônio histórico e urbanístico da cidade de São Paulo. A decisão de demolir o palacete é um reflexo da necessidade de conciliar a preservação do passado com as demandas da cidade moderna em constante transformação.