Rio de Janeiro tem aumento significativo de casos de dengue nas primeiras semanas de 2024, com 17.437 casos prováveis.

O Rio de Janeiro está enfrentando um aumento significativo nos casos de dengue nas primeiras semanas de 2024. De acordo com o boletim Panorama da Dengue divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ), o estado registrou 17.437 casos prováveis da doença, em comparação com os 1.441 casos registrados no mesmo período em 2023.

Além disso, foram confirmadas duas mortes, uma mulher de 98 anos em Itatiaia, na região serrana, e um homem de 33 anos em Mangaratiba, na Costa Verde. Segundo o boletim, 14 dos 92 municípios do Rio de Janeiro apresentam uma taxa de incidência acima de 500 casos por 100 mil habitantes. A doença está se manifestando com maior intensidade em cidades menores e nas áreas mais próximas aos estados de Minas Gerais e São Paulo.

Os dados revelam que na região serrana o número de casos está 14 vezes acima do esperado para o período, na região metropolitana a incidência é dez vezes maior e na Baía de Ilha Grande e no Centro-Sul Fluminense, nove vezes mais casos.

O Laboratório Central Noel Nutels (Lacen-RJ) analisou 4.464 testes para a dengue, com uma taxa de positividade que variou de 35% para 33%. O boletim Panorama da Dengue, divulgado semanalmente pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), aponta que o número real de casos pode ser ainda maior.

A secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello, alertou que as altas taxas de casos da doença são um sinal de alerta para a população. Ela enfatizou a importância de evitar a automedicação e procurar atendimento médico ao apresentar os primeiros sintomas, principalmente febre.

Diante desse cenário, o governo estadual lançou o programa Gov.RJ contra a Dengue Todo Dia!, com medidas como a compra de equipamentos e insumos para os municípios, incluindo a montagem de 80 salas de hidratação para atender até 8 mil pacientes por dia, com um investimento de R$ 3,7 milhões. Além disso, está previsto o treinamento de 2 mil médicos de emergência e profissionais de saúde em todos os municípios, assim como a possível conversão de 160 leitos de nove hospitais de referência do estado para o tratamento da dengue, se necessário.

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