Durante um evento de despedida de Flávio Dino do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Lula afirmou que deseja humanizar o combate ao pequeno crime, mas ressaltou a necessidade de uma ação mais pesada para combater o crime organizado, que ele descreveu como uma “indústria internacional”. Ele também fez menção à atuação do crime organizado em decisões de muitas instâncias.
Na mesma ocasião, Lula defendeu a importância da educação e destacou a iniciativa do programa federal “Pé de Meia”, que oferecerá bolsas, poupanças e bônus para alunos pobres do ensino médio. Ele destacou a importância da formação do novo ser humano com base na educação, família e humanismo como caminho para reduzir a criminalidade.
Além disso, o presidente também fez menção à atuação dos países ricos no combate às drogas, questionando a estratégia de militarização na Amazônia e na Colômbia. Ele afirmou que o problema não é apenas o tráfico de drogas, mas também o cuidado com os usuários nos países desenvolvidos.
É importante destacar que o ex-ministro do STF, Ricardo Lewandowski, assumirá o comando da pasta de Justiça e Segurança Pública, sucedendo Flávio Dino, que foi indicado por Lula para o cargo e aprovado pelo Senado para ocupar a vaga no STF. Dino exercerá o mandato de senador por algumas semanas e depois assumirá a posição no Supremo a partir de 22 de fevereiro.
Em suma, as declarações de Lula sobre a expansão e influência do crime organizado como uma indústria multinacional levantam preocupações sobre o combate a esse fenômeno, ao mesmo tempo em que reafirmam a importância da educação e da formação de valores humanos para lidar com as questões de criminalidade no país. Muito ainda precisa ser feito para enfrentar o desafio representado por essa realidade.