França promete impedir assinatura de acordo Mercosul-EU e afirma: “Não iremos assinar”

O ministro da Economia da França, Bruno Le Maire, fez declarações polêmicas nesta quarta-feira, 31, em relação ao acordo entre o Mercosul e a União Europeia. Durante uma entrevista à rádio Europe 1, ele afirmou que a França fará todo o necessário para que o acordo, tal como está hoje, não seja assinado. Segundo Le Maire, o presidente Emmanuel Macron é o responsável por impedir que o acordo com o bloco sul-americano seja fechado neste momento.

Para o ministro, o acordo em questão não é benéfico para os produtores agropecuários franceses e afirmou que o mesmo não será assinado nas condições atuais. Ele ainda ressaltou que a França já possui acordos comerciais que são vantajosos para seus agricultores, citando exemplos como os firmados com China, Canadá e Japão.

Bruno Le Maire deixou claro que a França pretende travar um verdadeiro “braço de ferro” para impedir que o acordo com o Mercosul seja concluído como está apresentado atualmente. Ele enfatizou que a França não irá assinar o acordo com o bloco sul-americano nas condições propostas.

As declarações do ministro francês geraram desconforto e incertezas sobre o futuro do acordo entre o Mercosul e a União Europeia. Vale ressaltar que a negociação entre os dois blocos já se estende por mais de duas décadas e a assinatura do acordo representaria um marco histórico nas relações comerciais entre os países membros.

No entanto, a posição firme e contrária de Le Maire coloca em xeque a viabilidade e a concretização do acordo, que já havia enfrentado resistências de outros países como a Áustria e a Irlanda, em relação às questões ambientais e agrícolas. A recusa da França em assinar o acordo evidencia as divergências internas na União Europeia em relação ao tema.

Diante desse cenário, a situação do acordo entre o Mercosul e a União Europeia se torna cada vez mais incerta e instável, colocando em dúvida a concretização de um acordo histórico que vinha sendo negociado há anos. Resta aguardar os desdobramentos e as possíveis negociações que poderão ser estabelecidas para tentar solucionar as diferenças e impasses em relação ao acordo comercial.

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