Faturamento da mineração brasileira cai para R$ 248,2 bilhões em 2023, com recuo de 0,7% em relação ao ano anterior

O setor de mineração brasileiro teve um faturamento de R$ 248,2 bilhões no último ano, com uma redução de 0,7% em relação ao ano anterior, onde o faturamento foi de R$ 250 bilhões. De acordo com informações do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), esta queda está relacionada com a diminuição dos preços dos produtos no mercado internacional.

O estado que teve o maior faturamento no setor de mineração foi Minas Gerais, totalizando R$ 103,6 bilhões, seguido do Pará, com R$ 85,4 bilhões. A geração de empregos também teve um saldo positivo, com a criação de 9.093 novas vagas no país entre janeiro e novembro de 2023, acumulando um total de 210.122 empregos.

As exportações totalizaram US$ 43 bilhões, mostrando um aumento de 3,1%, com a comercialização de 392 milhões de toneladas, um acréscimo de 9,5%. O minério de ferro foi responsável por 71% das exportações nacionais, mostrando um aumento nas toneladas exportadas em 10%, apesar da redução de preços das commodities em 2023.

Já as importações minerais totalizaram US$ 11,02 bilhões, com uma queda de 34,2%, porém houve um aumento de 4,7% na quantidade importada, um reflexo dos preços mais baixos e do câmbio. O potássio foi o produto mais importado, com participação de 46% do total.

Quanto aos investimentos, está prevista uma evolução de US$ 50 bilhões para US$ 64,5 bilhões no período 2024/2028, um aumento de 28,8%. O presidente do Ibram, Raul Jungmann, ressaltou a importância do Brasil no mercado de minerais críticos, essenciais para a emergência climática.

Apesar dessa perspectiva positiva, Jungmann criticou a criação do chamado imposto seletivo, argumentando que terá efeitos negativos em termos de escala. Ele também destacou a importância de investimentos em pesquisa, regulamentação e fiscalização ligados ao setor de mineração.

O diretor de Sustentabilidade do Ibram, Julio Nery, apontou que os investimentos estimados para o período 2024/2028 podem aumentar com o reforço dos trabalhos de pesquisa e de maior financiamento. Ele destacou que a participação do minério de ferro nos investimentos será de 26,8%, seguido por investimentos socioambientais e logística.

Espera-se que esses investimentos tragam um novo fôlego para a indústria nacional, devolvendo a competitividade perdida em relação a outros países. A expectativa é que o Brasil possa se posicionar como um importante fornecedor de minerais críticos em um mercado em crescimento.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo