O estudo também apontou que 36% dos aprendizes afirmaram já ter procurado algum tipo de ajuda relacionada à saúde mental. Além disso, 95,3% julgam importante ou muito importante valorizar esse cuidado, enquanto apenas 3,4% indicaram não fazer diferença. A pesquisa também revelou que 28,5% dos jovens entrevistados admitiram ter pensado em cometer suicídio, sendo que uma parte identificada como LGBTQI+.
De acordo com Rogério Correa, Head de Gente & Gestão do CAMP Pinheiros, a questão da saúde mental é sensível e merece toda a atenção e cuidado possível. Ele ressalta que a entidade procura desenvolver ações de conscientização para alertar e prevenir problemas relacionados à saúde mental. A pesquisa, realizada pela primeira vez, é abrangente e contempla desde a importância do acesso a benefícios como vale-refeição, até questões como assédio, violência policial, estrutura familiar e de moradia, educação e preconceitos de toda natureza.
A pesquisa contou com a participação de 1.213 jovens e adolescentes integrantes do Programa Aprendiz, e seu objetivo é conhecer melhor alguns dos problemas enfrentados por esses jovens, a fim de criar ações propositivas a partir dos resultados. Esse tipo de iniciativa é de extrema importância, especialmente em um momento em que se comemora o Janeiro Branco, mês dedicado à conscientização e promoção da saúde mental.
Os últimos anos têm evidenciado um agravamento dos transtornos relacionados à saúde mental, tornando-os um dos principais problemas de saúde pública no Brasil. Por isso, é essencial desenvolver pesquisas e ações que possam identificar as necessidades e preocupações dos jovens em relação a essa questão e, assim, contribuir para a promoção de uma saúde mental mais equilibrada.
Portanto, a pesquisa realizada com os aprendizes do CAMP Pinheiros é um importante passo para garantir que a saúde mental desses jovens seja valorizada e receba a devida atenção, contribuindo para a construção de uma sociedade mais saudável e acolhedora para todos.