O baiacu é um peixe controverso na culinária mundial, com estudos científicos apontando que o envenenamento por baiacu é uma das formas mais graves de intoxicação por animais aquáticos e pode levar à morte em pouco tempo. A tetrodotoxina, veneno presente no baiacu, concentra-se principalmente no fígado, baço, vesícula biliar, glândulas sexuais e pele do peixe, e não se altera com a temperatura, permanecendo intacto mesmo se a carne for congelada ou preparada em altas temperaturas.
De acordo com o Centro de Atendimento Toxicológico do Espírito Santo (Toxcen), a intoxicação após ingestão da carne de baiacu é rara, mas pode causar complicações neurológicas como dormência na boca e extremidades, fraqueza muscular, distúrbios visuais, náuseas, vômitos, dores abdominais, diarreia, convulsões e até parada cardiorrespiratória nas primeiras 24 horas. O diagnóstico da intoxicação por baiacu é clínico, sendo importante que o acompanhante do paciente informe se a pessoa ingeriu esse tipo de peixe.
Em caso de suspeitas de envenenamento e intoxicação em geral, o Centro de Informação e Assistência Tóxica pode ser acionado 24 horas por dia pelo telefone 0800 283 9904.
É importante ressaltar os cuidados no preparo desse tipo de carne, bem como o controle no consumo para evitar futuros casos similares. A morte desse homem serve como alerta para a população sobre os riscos presentes no consumo do baiacu e reforça a necessidade de atenção às orientações de saúde pública. A notificação desse caso também alimenta o debate sobre a regulamentação e fiscalização dos pontos de venda de peixes, visando garantir a segurança alimentar da população.