Dívida Pública Federal atinge R$ 6,52 trilhões em 2023, representando um aumento de 9,56% em relação ao ano anterior.

A Dívida Pública Federal encerrou o ano de 2023 em R$ 6,52 trilhões, conforme divulgado pela Secretaria do Tesouro Nacional, do Ministério da Fazenda, nesta terça-feira (30). Esse valor representou um aumento de 9,56% em relação ao ano anterior, quando a dívida estava em R$ 5,951 trilhões.

A cifra evidencia um crescimento de 3,09% em comparação ao mês de novembro de 2023, quando a dívida era de R$ 6,325 trilhões. Apesar do volume elevado de emissões em dezembro, a dívida ficou dentro dos limites estabelecidos pelo Plano Anual de Financiamento de 2023, que determinava que a dívida pública poderia fechar o ano passado entre R$ 6 trilhões e R$ 6,4 trilhões.

A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi), que corresponde à parte da dívida pública no mercado interno, teve um aumento de 3,19% em dezembro, alcançando R$ 6,269 trilhões. Esse acréscimo foi impulsionado pela emissão líquida mensal de R$ 136,86 bilhões – quando o Tesouro emite mais títulos do que resgata – e pela apropriação positiva de juros no valor de R$ 57,19 bilhões.

Apesar da emissão líquida em dezembro, o governo resgatou R$ 40,23 bilhões a mais do que emitiu da dívida interna ao longo do ano. Isso se deve a vencimentos em grandes volumes de títulos prefixados e corrigidos pela Taxa Selic. Já a Dívida Pública Federal Externa (DPFe), captada do mercado internacional, cresceu 0,57% em dezembro, totalizando R$ 251,46 bilhões (US$ 51,94 bilhões) ao final de 2023.

No entanto, em relação ao ano anterior, a DPFe diminuiu 0,39%, quando atingiu R$ 252,45 bilhões. Em 2023, o governo ampliou o endividamento com organismos internacionais e emitiu títulos públicos no exterior, mas a queda de 8,08% do dólar no ano passado fez com que o valor diminuísse em reais.

Por meio da dívida pública, o Tesouro Nacional emite títulos públicos para captar dinheiro dos investidores e cumprir obrigações financeiras. Os maiores detentores da dívida pública em dezembro eram as instituições financeiras (29,67%), seguidas pelos fundos de investimento (23,53%) e os fundos de previdência (22,99%).

Os investidores estrangeiros representaram 9,48% do total da dívida e tiveram um aumento em sua participação em relação ao ano anterior. É importante mencionar que o interesse dos estrangeiros na dívida interna serve como um indicador da confiabilidade da dívida pública brasileira no exterior.

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