China proíbe empréstimos de ações para dificultar apostas na queda de preços e sustentar mercados acionários.

Autoridades chinesas tomaram medidas para proibir acionistas de fazer empréstimos de ações, a fim de dificultar apostas na queda de preços e estabilizar os mercados acionários do país, que têm enfrentado fortes perdas recentemente.

A proibição afetará detentores de ações restritas, como funcionários ou investidores estratégicos. Segundo a Comissão Reguladora de Valores Mobiliários da China (CSRC), a medida dará aos investidores mais tempo para digerir informações do mercado e irá fomentar uma estrutura de mercado mais justa. A CSRC, no entanto, não especificou por quanto tempo a suspensão durará.

A prática de empréstimo de ações faz parte das operações de vendas a descoberto, nas quais investidores apostam na queda de ativos, tomando ações emprestadas e vendendo-as na expectativa de recomprá-las a preços menores no futuro. Vendas a descoberto podem intensificar as quedas do mercado.

O índice acionário chinês CSI 300 tem apresentado um dos piores desempenhos na Ásia este ano, acumulando perdas por três anos consecutivos. Diante disso, o governo em Pequim tem se comprometido a sustentar a confiança do consumidor.

A CSRC já havia implementado restrições anteriores às vendas a descoberto. Em outubro, as restrições reduziram o valor das ações emprestadas por investidores estratégicos em 40%, de acordo com o regulador. Além disso, a partir de 18 de março, empresas de financiamento de valores mobiliários terão que aguardar um dia antes de transferir ações emprestadas para corretoras.

Essas medidas visam controlar a especulação e estabilizar os mercados, que têm enfrentado grandes desafios nos últimos anos. A economia global está atenta às ações da China, que tem um papel significativo no cenário financeiro internacional. A decisão do governo chinês de proibir o empréstimo de ações é mais um capítulo nas tentativas de conter a volatilidade nos mercados acionários do país.

Essa atitude demonstra a preocupação das autoridades em relação à estabilidade financeira e à confiança dos investidores, sinalizando um esforço para criar um ambiente de mercado mais equitativo e prevenir movimentos especulativos prejudiciais ao sistema financeiro. A proibição do empréstimo de ações é mais uma ferramenta adotada pelo governo chinês em sua estratégia de regulação e controle do mercado de capitais.

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