Operação de ordenamento do Rio de Janeiro resulta em prisões e apreensões de material de venda irregular em feira proibida.

No último domingo, 28 de fevereiro, a primeira operação de ordenamento para cumprimento do decreto da prefeitura do Rio de Janeiro, que proibiu o funcionamento da Feira de Acari, na zona norte da capital, resultou em prisões e apreensões de materiais de vendas irregulares. Agentes da Secretaria Municipal de Ordem Pública do Rio de Janeiro (Seop) contaram com o apoio das polícias Militar e Civil e da Guarda Municipal durante a ação.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, assinou o decreto determinando o fechamento da Feira de Acari, baseado em um relatório de inteligência produzido pela Seop que comprova diversas irregularidades do local de comercialização. Entre as irregularidades relatadas, estão a venda ilegal de eletrodomésticos, aparelhos eletrônicos, remédios, animais silvestres, alimentos sem o devido acondicionamento, além de roupas de lojas de departamento por metade do preço original.

A operação deste domingo foi realizada por 160 agentes da Secretaria de Ordem Pública e da Guarda Municipal, que impediram a realização da feira e proibiram outras irregularidades da região, incluindo estacionamento irregular. A Polícia Militar atuou com policiais de diversos batalhões para garantir a segurança dos agentes municipais, já que a região é influenciada pelo crime organizado armado.

O secretário de Ordem Pública, Brenno Carnevale, destacou que a operação teve o objetivo de prevenir a ocupação do local onde costuma funcionar a feira, que é proibida e ilegal. Além disso, a Seop identificou as vendas irregulares de produtos oriundos de roubo de cargas e informou à polícia, resultando na prisão de um homem que estava com uma moto roubada.

A ação também contou com o desmantelamento de estruturas fixas e precárias que ocupavam a área irregularmente, além da interrupção de ligações clandestinas de luz e água. A Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) retirou 3 toneladas de resíduos da região, enquanto a Polícia Civil empregou cerca de 50 agentes para investigar a origem das mercadorias e a relação do comércio local com organizações criminosas.

A operação contou ainda com a atuação de integrantes de diversas concessionárias e secretarias municipais e estaduais, que trabalharam em colaboração para impedir a continuidade de crimes no local. A utilização dos coletes à prova de bala pela Guarda Municipal do Rio foi registrada pela primeira vez em uma operação, demonstrando a seriedade da ação e a preocupação das autoridades em garantir a segurança pública.

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