Os retornos dos títulos americanos e o dólar no exterior ecoam a inflação PCE do quarto trimestre nos Estados Unidos, divulgada anteriormente, que voltou à meta de 2% no período de outubro a dezembro de 2023. Isso corroborou a expectativa de que o Federal Reserve cortará juros este ano, apesar da resiliência do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA.
O IPCA-15, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), subiu 0,31% em janeiro, uma desaceleração em relação ao mês de dezembro. A alta em 12 meses foi de 4,47%, abaixo das expectativas dos analistas. No entanto, vale ressaltar que houve um vazamento de informações do IBGE, que circulou entre grupos de economistas no WhatsApp. O instituto informou que vai apurar o episódio.
A expectativa dos analistas financeiros é de que o resultado do IPCA-15 não deve alterar a perspectiva de corte de 50 pontos-base da taxa Selic, para 11,25%, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) na semana seguinte. Do mesmo modo, o PCE americano não tende a alterar a perspectiva de manutenção da taxa dos Fed Funds na faixa de 5,25% e 5,50% ao ano na próxima reunião, mas deve ajudar no ajuste sobre início do afrouxamento monetário nos EUA.
No mercado cambial, o dólar à vista caía 0,18%, chegando ao valor de R$ 4,9140. O dólar para fevereiro também cedia, registrando uma queda de 0,07%, cotado a R$ 4,9170. A expectativa é de que o cenário continue sendo influenciado por eventos internacionais e por novos indicadores econômicos ao longo da semana.