O motivo por trás da proposta de um novo indicador é a constatação de que o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) não é sensível o suficiente para captar as complexidades das desigualdades sociais no Brasil, pois foca apenas em critérios como saúde, educação e renda.
Além do novo indicador, o grupo pretende complementar os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a pobreza, através do DataSenado, e conduzir estudos de campo com a população em situação de rua. Também está nos planos avaliar a eficácia das políticas públicas do MDS e buscar parcerias com outros órgãos que atuam no combate à fome e à desigualdade.
O coordenador do DataSenado, Marcos Ruben de Oliveira, enfatizou que o instituto possui o conhecimento e a tecnologia necessários para abordar temas complexos, como a fome no país. Ele explicou que a análise dos dados e estatísticas será baseada em informações públicas e daquelas detidas pelo MDS. Quando não houver informações disponíveis, o instituto irá utilizar sua experiência em pesquisas para coletar dados diretamente da população-alvo das políticas de amparo a pessoas vulneráveis.
Nos próximos meses, está previsto o início da avaliação das políticas públicas de combate à fome, começando com o levantamento de dados das pessoas inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), que reúne informações de todos os beneficiários das políticas públicas de combate à fome e redução das desigualdades no Brasil.
Essa iniciativa visa fornecer dados precisos que serão utilizados pelo poder público no planejamento e execução de políticas voltadas para os brasileiros em situação de vulnerabilidade. A parceria entre o DataSenado e o MDS promete trazer avanços significativos na compreensão e no combate à fome e à pobreza no país.