O grupo consultivo macroeconômico da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) revisou suas projeções para a economia brasileira. Segundo a entidade, a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para o ano de 2024 foi elevada de 1,6% para 1,7%.
De acordo com o grupo consultivo, essa revisão para cima da projeção do PIB se deve, principalmente, ao aumento da demanda doméstica e à consequente elevação da renda das famílias. Além disso, as projeções para o câmbio também sofreram ajustes, com a expectativa para a cotação do dólar recuando de R$ 5,0 para R$ 4,90.
Contudo, a Anbima manteve sua projeção de déficit primário em 2024 em 0,8% do PIB. Já a previsão para a dívida bruta do setor público neste ano passou de 78,6% do PIB para 78% do PIB.
No que diz respeito à taxa Selic, o grupo consultivo da Anbima reduziu sua expectativa para o nível da Selic ao final deste ano, passando de 9,50% para 9,25%. A previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2024 também diminuiu, de 3,9% para 3,8%.
Fernando Honorato, coordenador do grupo consultivo da Anbima, enfatizou o cenário construtivo para a inflação no início do ano, destacando a menor pressão dos preços dos alimentos sobre o IPCA em comparação com anos anteriores. Ele também não descartou a possibilidade de a Selic terminar o ciclo de afrouxamento em um nível ainda mais baixo, “se a inflação e os núcleos permanecerem em uma trajetória confortável”.
Vale ressaltar que o Grupo Consultivo Macroeconômico é composto por 25 economistas de instituições associadas à ANBIMA, que se reúnem a cada 45 dias para analisar a conjuntura econômica e traçar cenários para os mercados brasileiro e internacional.
Com as revisões feitas pelo grupo consultivo da Anbima, o cenário para a economia brasileira em 2024 parece mais promissor, com projeções de crescimento do PIB e ajustes nas expectativas para a taxa de câmbio, a inflação e a taxa de juros.
