GM anuncia investimento de R$ 7 bilhões no Brasil, com foco em modernização de fábricas e incorporação de novos modelos.

A General Motors (GM) anunciou nesta quarta-feira um investimento de R$ 7 bilhões até 2028 no Brasil. O anúncio foi feito em Brasília, após reunião dos executivos da empresa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O presidente da GM América do Sul, Santiago Chamorro, destacou que o investimento será destinado à modernização das fábricas e à renovação de produtos, como Onix, Tracker, Montana e S10, além da incorporação de novos modelos e tecnologias.

O futuro da GM é visto como totalmente elétrico, de acordo com o presidente da GM Internacional, Shilpan Amin. No entanto, para o Brasil, a montadora deverá avaliar o comportamento do consumidor antes de tomar decisões nesse sentido. Segundo o vice-presidente de Políticas Públicas da empresa, Fábio Rua, a avaliação será feita de acordo com a demanda e o timing para que isso aconteça vai depender das condições de mercado.

Apesar de o investimento da montadora no atual ciclo de quatro anos no País ser inferior ao realizado no quadriênio anterior, Rua afirmou que o valor poderá ser ampliado. Ele também ressaltou que os cortes feitos no ano passado ocorreram em uma “conjuntura específica de ajustes na produção”.

Os executivos reconheceram que as fábricas no Brasil estão funcionando abaixo da capacidade, mas veem chances de melhora se houver a reativação de mercados como Colômbia e Chile. No entanto, a GM ainda tem dúvidas sobre a regulação e em como funcionarão os estímulos aos veículos elétricos no programa Mover, lançado pelo governo no fim do ano passado.

Outras fabricantes também anunciaram investimentos no País, como a chinesa GWM, que pretende investir R$ 10 bilhões em dez anos, a BYD, com R$ 3 bilhões destinados para produzir na Bahia, a Caoa Chery com R$ 3 bilhões, Stellantis com R$ 2,5 bilhões, Renault com R$ 2 bilhões e Nissan com R$ 1,5 bilhão.

Em resumo, a GM está planejando significativos investimentos no Brasil, mas ainda observa com cautela o mercado e as condições econômicas antes de tomar decisões concretas em relação aos veículos elétricos. A reunião com o presidente Lula e a possível ampliação do investimento prometem movimentar o setor automobilístico nos próximos anos.

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