Em abril do ano passado, o Brasil testemunhou as agressões sofridas por Max em São Conrado. Um vídeo flagrou o momento em que Max foi atingido por golpes desferidos com uma guia de cachorro por Sandra Mathias, que responde por lesão corporal e injúria. As acusações, no entanto, foram negadas por Sandra.
Após o incidente, Max recebeu o convite para desfilar como o almirante negro João Cândido na Revolta da Chibata. Ele expressou a honra de representar um herói tão significativo para a história do país. A escola de São Cristóvão, na zona norte do Rio, desfilará no dia 12 de fevereiro, sendo a segunda a se apresentar durante o Carnaval.
Max estará na terceira alegoria do desfile, que representará a Revolta da Chibata, um movimento organizado pelos soldados da Marinha, a maioria negra, contra os castigos físicos que sofriam. O líder do motim, João Cândido, será reforçado como um grande herói do povo brasileiro no enredo da Paraíso do Tuiuti, intitulado “Glória ao Almirante Negro!”
O carnavalesco Jack Vasconcelos destacou a importância da presença de Max no desfile, ressaltando que casos de violência contra o povo preto não podem ficar impunes. Ele afirmou que a agressão sofrida por Max foi fundamental na definição do enredo para o Carnaval e que a sociedade não pode aceitar nenhum tipo de agressão.
A presença de Max Angelo dos Santos como um símbolo de resistência e luta contra o racismo no Carnaval 2024 reforça a importância de homenagear e reconhecer figuras históricas e contemporâneas que lutam pelos direitos e pela igualdade. A Revolta da Chibata, tanto em sua representação no desfile quanto na presença de Max, traz à tona discussões relevantes sobre racismo e justiça social no país.