A polícia, após uma série de investigações, conseguiu prender dois suspeitos em flagrante: um jovem de 19 anos, filho de um fazendeiro da região, e um policial reformado de 60 anos. O jovem teria sido o responsável pelo tiro que vitimou Nega Pataxó, e ambos tiveram suas prisões em flagrante convertidas para prisões preventivas. Exames balísticos foram realizados e comprovaram a compatibilidade entre o projétil extraído do corpo da vítima e a arma apreendida com o jovem.
O episódio desencadeou uma série de repercussões e cobranças por parte da população e de entidades ligadas aos direitos humanos e aos povos indígenas. A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) solicitou uma investigação sobre a atuação da Polícia Militar na cidade de Potiraguá. A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, e a presidente da Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas), Joenia Wapichana, estiveram presentes na região para acompanhar de perto a situação.
Outra figura importante que se pronunciou sobre o caso foi o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que prometeu apoio federal para resolver o conflito. Ele ressaltou a importância de encontrar uma solução pacífica para a situação e colocou o governo federal à disposição para auxiliar o governador da Bahia e os povos indígenas.
Diante desse cenário de violência e conflito, é essencial que as autoridades competentes promovam ações efetivas para garantir a segurança e a integridade dos povos indígenas. Além disso, é fundamental que sejam realizadas investigações rigorosas e que os responsáveis sejam devidamente responsabilizados. A tragédia ocorrida em Potiraguá é um reflexo da situação de conflito fundiário que persiste no país e requer uma atuação resolutiva por parte das autoridades.