Tiro que matou indígena na Bahia saiu de arma de filho de fazendeiro; dois suspeitos presos e caso vai para PF.

Um caso de violência envolvendo indígenas chocou a cidade de Potiraguá, localizada no sul da Bahia. No último domingo, Maria de Fátima Muniz, conhecida como Nega Pataxó, foi vítima de um tiro que acabou tirando sua vida. Além disso, outros seis indígenas foram feridos por disparos de arma de fogo, enquanto um fazendeiro foi atingido por uma flecha. A tragédia gerou um grande impacto na região e suscitou uma série de investigações e análises.

A polícia, após uma série de investigações, conseguiu prender dois suspeitos em flagrante: um jovem de 19 anos, filho de um fazendeiro da região, e um policial reformado de 60 anos. O jovem teria sido o responsável pelo tiro que vitimou Nega Pataxó, e ambos tiveram suas prisões em flagrante convertidas para prisões preventivas. Exames balísticos foram realizados e comprovaram a compatibilidade entre o projétil extraído do corpo da vítima e a arma apreendida com o jovem.

O episódio desencadeou uma série de repercussões e cobranças por parte da população e de entidades ligadas aos direitos humanos e aos povos indígenas. A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) solicitou uma investigação sobre a atuação da Polícia Militar na cidade de Potiraguá. A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, e a presidente da Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas), Joenia Wapichana, estiveram presentes na região para acompanhar de perto a situação.

Outra figura importante que se pronunciou sobre o caso foi o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que prometeu apoio federal para resolver o conflito. Ele ressaltou a importância de encontrar uma solução pacífica para a situação e colocou o governo federal à disposição para auxiliar o governador da Bahia e os povos indígenas.

Diante desse cenário de violência e conflito, é essencial que as autoridades competentes promovam ações efetivas para garantir a segurança e a integridade dos povos indígenas. Além disso, é fundamental que sejam realizadas investigações rigorosas e que os responsáveis sejam devidamente responsabilizados. A tragédia ocorrida em Potiraguá é um reflexo da situação de conflito fundiário que persiste no país e requer uma atuação resolutiva por parte das autoridades.

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