Segundo informações da Polícia Civil, o inquérito apontou que a construção da rampa no tobogã que vitimou a professora não contou com projeto técnico ou acompanhamento de profissionais especializados. Luciana, que morava em Campinas, e o filho de sete anos desciam no brinquedo na manhã de 8 de abril quando foram arremessados e bateram na grade de proteção. O menino, que estava no colo da mãe, sofreu ferimentos. A professora chegou a ser socorrida, mas não resistiu. Ela deixou o marido e dois filhos –além do menino que estava com ela na hora do acidente, era mãe de uma adolescente de 15 anos.
O tobogã no parque tem pistas individuais de 350 metros de extensão. No site oficial, o parque afirma que a idade mínima para uso do brinquedo é de quatro anos, com a criança acompanhada do responsável, mas não esclarece se a descida de duas pessoas pode ocorrer ao mesmo tempo.
Após o acidente que culminou na morte da professora, o parque anunciou a suspensão das atividades em solidariedade à família e para colaborar com as investigações, conforme divulgado no site e nas redes sociais. A Folha entrou em contato com o parque através de dois telefones, porém as chamadas não foram atendidas nem as mensagens respondidas.
O caso chocou a população local e levantou questionamentos sobre a segurança dos brinquedos de parques de diversões em todo o país. A ausência de projetos técnicos e acompanhamento de profissionais especializados na construção do tobogã em questão levanta preocupações sobre a fiscalização e regulamentação das atividades em parques de diversões. Resta agora aguardar os desdobramentos desse trágico acidente e as possíveis medidas que serão tomadas pelas autoridades competentes.