A descoberta de câmeras escondidas em imóveis tem se tornado uma preocupação crescente para turistas, como no caso de um casal hospedado em Porto de Galinhas, em Pernambuco. Esses aparelhos geralmente possuem um tamanho minúsculo, o que facilita sua ocultação em diferentes objetos de uma casa. O detetive particular Wilson Teixeira, dono da WT Investigação, afirma que é possível ocultar essas câmeras até mesmo em um ponto de parafuso.
Mesmo que algumas câmeras possam emitir luzes, é muito improvável que alguém consiga identificá-las sem uma investigação minuciosa em todo o espaço. Rodolfo Avelino, professor de cibersegurança do Insper, ressalta que a maioria desses dispositivos é inteligente e difícil de ser detectada.
Atualmente, existem aplicativos de celular que alegam detectar câmeras escondidas, mas sua eficácia tem sido questionada por usuários e especialistas. A alternativa mais eficaz para encontrar esses dispositivos é contratar profissionais que utilizam equipamentos de contra-espionagem sofisticados. Um desses aparelhos, o monitor de RF TronicStar SM-1, é capaz de detectar escutas e câmeras sem fio, mas tem um custo elevado.
Para quem prefere uma abordagem mais caseira, é possível revirar todo o quarto em busca das câmeras escondidas. Além disso, a utilização da câmera do celular, apagando todas as luzes do ambiente, pode auxiliar na identificação desses dispositivos. Algumas câmeras espiãs utilizam iluminação invisível ao olho humano, mas não à câmera de um smartphone.
No entanto, é importante ressaltar que a instalação de câmeras espiãs em imóveis constitui uma invasão de privacidade e deve ser punida por lei. Essa prática pode violar a privacidade das pessoas e configura um crime passível de punição. Portanto, é fundamental estar atento e buscar o apoio de profissionais capacitados para identificar e eliminar esses dispositivos dos ambientes.