Os acontecimentos tiveram início durante uma tentativa de retomada de uma fazenda por parte dos indígenas, culminando em confrontos com fazendeiros locais. Dois fazendeiros foram presos em flagrante por homicídio e tentativa de homicídio após o conflito. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública da Bahia, o confronto ocorreu durante a ação de um grupo denominado Movimento Invasão Zero.
A violência teve origem na tentativa de retomada da Fazenda Inhuma, área reivindicada pelos Pataxó como de ocupação tradicional. Localizada entre os municípios de Pau Brasil, Camacan e Itaju do Colônia, no sul da Bahia, a região já tem sido cenário de conflitos fundiários há anos.
A situação teve a atenção das autoridades, com a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, deslocando-se para a região na segunda-feira, 22, a fim de acompanhar o caso através do Departamento de Mediação e Conciliação de Conflitos Fundiários Indígenas. Além disso, a Polícia Federal enviou equipes para a região em resposta aos acontecimentos.
A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) manifestou “profundo pesar e indignação diante do assassinato da líder indígena Pataxó Hã Hã Hãe Maria de Fátima Muniz Andrade.” Enquanto isso, a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb) lamentou os fatos ocorridos em Potiraguá, destacando a necessidade do poder público garantir o que está previsto na Constituição.
A situação evidencia a tensão contínua entre indígenas e fazendeiros na região, bem como a necessidade de medidas eficazes por parte das autoridades para prevenir novos conflitos e restabelecer a paz e a segurança para ambas as partes envolvidas.