A Lei Orçamentária Anual de 2024 prevê um superávit de R$ 2,8 bilhões para este ano, porém o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já sinalizou que o governo terá dificuldades em alcançar essa meta. Segundo ele, o governo não pretende realizar cortes em investimentos e obras, o que pode impactar o resultado fiscal.
No entanto, houve uma melhora na projeção para o déficit nominal em 2024, que passou de 7,00% para 6,93% do PIB, em comparação com os 6,80% registrados um mês antes. O déficit primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública, enquanto o déficit nominal considera o saldo após o pagamento dos juros e outras despesas financeiras.
A estimativa para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB em 2024 também apresentou uma melhora, passando de 64,25% para 63,80%, em comparação com os 64,50% registrados anteriormente.
Para 2025, as projeções apontam um déficit primário de 0,60% do PIB, ante os 0,66% anteriormente esperados. No entanto, o novo arcabouço fiscal aprovado no ano passado estabelece uma meta de superávit primário de 0,5% do PIB para o próximo ano.
Já o déficit nominal esperado para 2025 passou de 6,39% para 6,27% do PIB, enquanto a projeção para a dívida líquida foi ajustada de 66,55% para 66,20% do PIB.
Essas projeções refletem as expectativas do mercado financeiro em relação à situação fiscal do país nos próximos anos, considerando os impactos da pandemia, as políticas econômicas adotadas pelo governo e os cenários internacionais. As previsões indicam a importância de medidas estruturais para o equilíbrio das contas públicas e a retomada do crescimento econômico.
