Segundo a SSP, os ataques ocorreram em diferentes regiões do estado, incluindo Guarulhos, São Bernardo do Campo, Hortolândia (interior de São Paulo) e na zona sul da capital. De acordo com as autoridades, as operações foram criadas como um padrão de resposta a ataques contra policiais, e embora o número exato de operações em andamento na noite do último domingo não tenha sido confirmado, a intensificação das ações demonstra a gravidade da situação.
O caso mais trágico foi a morte da soldado Sabrina Franklin, de 30 anos, que foi morta por criminosos que tentaram roubar sua moto na zona sul de São Paulo. Ela chegou a ser socorrida no hospital, mas não resistiu aos ferimentos. O secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, destacou a brutalidade dos ataques, especialmente pela execução da policial mesmo após ela ter sido ferida e pedir socorro.
Além desse incidente, outros ataques a policiais foram relatados nas cidades de São Bernardo do Campo, Guarulhos e Hortolândia. Em todos os casos, os criminosos demonstraram agressividade e violência, o que levou as autoridades a intensificarem as ações para conter a violência.
A situação é preocupante, especialmente após a primeira Operação Escudo realizada na Baixada Santista, que resultou na morte de 28 pessoas, tornando-se a ação policial mais letal desde o massacre do Carandiru, em 1992. As operações foram criadas como resposta à morte do soldado Patrick Bastos Reis, que integrava a Rota, e desde então têm gerado controvérsia devido a relatos de abusos e torturas por parte das autoridades.
O governo de Tarcísio de Freitas tem afirmado que todas as denúncias estão sendo investigadas minuciosamente e que os casos não apontaram tortura, sendo compartilhados com os órgãos de controle. No entanto, promotores do Ministério Público estadual acusaram dois PMs de matar um homem e forjar provas no local do crime, o que gerou uma série de discussões sobre a conduta das autoridades.
A escalada da violência e os ataques aos policiais no estado de São Paulo demonstram a necessidade de ações concretas para conter a criminalidade. As operações Escudo, embora controversas, visam a garantir a segurança dos policiais e conter a violência no estado, mas as controvérsias em torno das operações anteriores levantam questões sobre a conduta das autoridades e a proteção dos direitos humanos. A situação é delicada e exige uma abordagem equilibrada para garantir a segurança pública e o respeito aos direitos individuais.