Os navios de pesca de arrasto utilizam redes enormes e pesadas que vasculham o fundo do oceano em busca de camarões, caranguejos, bacalhau, linguado e outros peixes. No entanto, essa prática tem impactos significativos nos ecossistemas marinhos. A pesca de arrasto causa danos aos recifes de coral, além de levar à captura acidental de espécies marinhas, como tartarugas marinhas e tubarões. Além disso, a perturbação do CO2 armazenado nos sedimentos do fundo do mar pela pesca de arrasto contribui para a acidificação das águas ao redor, o que pode dissolver as conchas de diversas espécies marinhas.
O estudo também revelou que cerca de 55% a 60% do dióxido de carbono liberado pelos sedimentos de arrasto chega à atmosfera a partir de profundidades de pelo menos 500 metros, enquanto o restante permanece no oceano. A rapidez com que o CO2 proveniente da pesca de arrasto chega à atmosfera significa que restringir a prática teria um benefício climático quase imediato, de acordo com os pesquisadores.
É importante ressaltar que as descobertas subestimam as emissões de CO2 da pesca de arrasto, uma vez que os dados não estavam disponíveis para certos pontos pesqueiros pouco monitorados. Além disso, a pegada da pesca de arrasto está aumentando e os formuladores de políticas públicas ainda não estão considerando seus impactos na acidificação do oceano e nas emissões de CO2.
Em resposta às descobertas do estudo, cientistas ressaltaram a importância de restringir a prática da pesca de arrasto e considerar seus impactos ambientais. A pesquisa trouxe à tona a importância de avaliar e restringir as práticas que contribuem para as mudanças climáticas e a degradação dos ecossistemas marinhos.