Repórter São Paulo – SP – Brasil

Facção Primeiro Comando da Capital bane drogas K nos locais de venda para evitar problemas com a polícia e prejuízo ao tráfico.

As drogas K estão causando um efeito devastador em áreas periféricas da Grande São Paulo. Conhecidas também como “droga zumbi”, “piripaque do Chaves” ou “spice”, essas substâncias provocam um desconexão do usuário com a realidade e efeitos como paranoia, taquicardia e até mesmo paralisia temporária. Recentemente, a facção Primeiro Comando da Capital (PCC), que controla diversas áreas de venda de drogas na região, decidiu banir o consumo das drogas K, como K2 e K9.

Essa proibição foi documentada em áudios interceptados pela polícia, onde líderes do PCC ordenam que as bocas de fumo não vendam mais essas substâncias. A medida teria sido tomada para evitar a presença policial, atraindo menos atenção para as áreas de tráfico e, consequentemente, mantendo o foco e o lucro na venda de outras drogas.

A decisão de banir as drogas K teria sido motivada pelo fato de que o “uso exagerado de K2 e K9 pelos jovens atraía a presença da polícia”, segundo uma fonte ligada à polícia. Além disso, especialistas apontam que o PCC tem uma visão empresarial do tráfico, buscando sempre maximizar lucros e diminuir problemas e confusões.

Essas drogas, produzidas principalmente na Índia e China, são diluídas no Brasil antes de serem comercializadas, o que aumenta o lucro da facção, uma vez que não é necessário ter um espaço para produção. Atualmente, as drogas K têm sido encontradas principalmente nas regiões periféricas da Grande São Paulo, causando efeitos colaterais como agressividade, paranoia, arritmia cardíaca e até mesmo morte.

Os efeitos dessas proibições, a longo prazo, ainda são incertos. Há precedentes para isso na história do PCC, como a proibição do uso de crack nos presídios no início dos anos 2000. No entanto, especialistas apontam que o PCC age de forma racional, visando sempre os benefícios e prevenindo qualquer desordem que possa prejudicar seus negócios. Eles avaliam que manter pontes com lideranças religiosas e comunitárias é crucial, a fim de evitar conflitos e resistência ao tráfico. A proibição do consumo de drogas K parece seguir o mesmo padrão, no sentido de manter o controle e a ordem na venda de entorpecentes.

A proibição das drogas K também representa uma preocupação com a saúde pública e a segurança, considerando que essas substâncias têm um alto potencial de dependência e causam efeitos devastadores nos usuários. Por isso, as autoridades estão atentas a qualquer mudança no mercado de drogas ilícitas, buscando sempre encontrar maneiras de enfrentar esses desafios e prevenir o consumo dessas substâncias.

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