Informante classificado como comparsa é preso pela Polícia Federal por colaborar com crime de assassinato em Terra Indígena;

A Polícia Federal realizou uma importante operação nesta quinta-feira (18), resultando na prisão de um informante considerado o “principal comparsa” do mandante do assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips. O suspeito, cujo nome não foi divulgado, foi preso em Tabatinga (AM) com base em um mandado de prisão emitido pela 1ª Vara Criminal do município.

Em junho de 2022, Bruno e Dom foram brutalmente assassinados em Atalaia do Norte (AM), próximo à Terra Indígena do Vale do Javari, enquanto investigavam um esquema de pesca ilegal na região.

O suposto mandante do crime, identificado como Rubens Villar Coelho, apelidado de “Colômbia”, encontra-se detido em Manaus desde dezembro de 2022. Ele foi temporariamente libertado por dois meses, mas acabou sendo preso novamente por violar os termos de sua liberdade provisória. Além disso, “Colômbia” enfrenta acusações de falsificação de documentos de identidade e de liderança de uma organização criminosa transnacional armada, alvo de outra investigação que apura um esquema de pesca ilegal e contrabando na região oeste do Amazonas.

A polícia já havia anteriormente efetuado a prisão de um homem que atuava como segurança de “Colômbia”, detido em flagrante por porte ilegal de arma de fogo durante cumprimento de mandado de busca e apreensão em sua residência.

O caso ocorrido em junho de 2022 chocou o país: Bruno e Dom foram vítimas de uma emboscada e mortos enquanto viajavam de barco pelo Vale do Javari. Os corpos das vítimas foram resgatados depois de dez dias, enterrados em uma área de mata fechada, a aproximadamente três quilômetros da calha do Rio Itacoaí.

Três executores do crime, os pescadores Amarildo da Costa Oliveira, Oseney da Costa de Oliveira e Jefferson da Silva Lima, também conhecidos como “Pelado”, “Dos Santos” e “Pelado da Dinha”, respectivamente, foram determinados a serem levados a júri popular pela Justiça Federal no Amazonas, estando atualmente detidos preventivamente em penitenciárias federais de Campo Grande (MS) e Catanduvas (PR).

As investigações apontaram Rubem Dario da Silva Villar, o “Colômbia”, como o mandante dos assassinatos, assim como outros envolvidos no esquema criminoso. Documentos revelam que Colômbia contava com um segurança armado e dirigia sua organização criminosa por meio das informações fornecidas por esse segurança.

Essa prisão representa um avanço significativo nas investigações, trazendo à tona importantes detalhes sobre a complexa organização criminosa por trás desse terrível crime. A polícia segue trabalhando incansavelmente para trazer justiça para Bruno e Dom, assim como para desmantelar totalmente a rede criminosa que operava na região.

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