Anvisa proíbe comercialização de lotes da fórmula infantil Nutramigen LGG por possível contaminação por bactéria Cronobacter sakazakii. Fabricante realiza recolhimento voluntário de produtos.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a comercialização de seis lotes da fórmula infantil em pó Nutramigen LGG, fabricada pela empresa norte-americana Reckitt/Mead Johnson Nutrition. A decisão foi tomada após um alerta feito pela FDA, agência dos Estados Unidos responsável por regular medicamentos e alimentos, que identificou uma possível contaminação pela bactéria Cronobacter sakazakii em alguns lotes do produto.

Os lotes proibidos são identificados pelos códigos ZL3FHG, ZL3FMH, ZL3FPE, ZL3FQD, ZL3FRW e ZL3FXJ. Esses lotes, cuja data de validade é até 1º de janeiro de 2025, tiveram a comercialização, distribuição, importação e uso impedidos no Brasil.

De acordo com a Anvisa, a proibição foi estabelecida de forma preventiva para evitar que esses lotes específicos sejam introduzidos no mercado brasileiro. Até o momento, não foi identificada a exportação destes lotes para o Brasil, mas a FDA revelou que os produtos foram exportados para países como Argentina, Bélgica, Canadá, Espanha e Reino Unido, entre outros.

Apesar da proibição, a FDA e a Reckitt/Mead Johnson Nutrition afirmaram que não foram identificados casos de infecções relacionados ao consumo desses lotes e que o recolhimento não abrange outros lotes da fórmula infantil Nutramigen LGG.

A Cronobacter sakazakii, a bactéria em questão, pode causar infecções em recém-nascidos, principalmente em neonatos de baixo peso, prematuros e imunocomprometidos. Os sintomas incluem má alimentação, irritabilidade, mudanças de temperatura, icterícia, respiração ofegante e movimentos anormais. A forma mais comum de infecção é a meningite, mas também pode causar complicações como enterocolite necrosante e septicemia.

A orientação da Anvisa é para que os consumidores verifiquem o lote impresso no rótulo da embalagem e, caso pertença a um dos lotes proibidos, não utilizem o produto. Além disso, é recomendado consultar a base de dados da agência para confirmar o registro do produto antes de adquiri-lo.

A agência também enfatiza a importância de utilizar fórmulas infantis apenas com orientação de profissionais de saúde habilitados, como médicos pediatras ou nutricionistas, seguindo todas as instruções de preparação presentes no rótulo e garantindo a correta higienização dos utensílios.

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