Embora evitando usar a palavra “descriminalizar”, Barroso enfatizou que essa é uma questão legislativa e que o papel dele é debater essa questão. Durante sua participação em um evento anual do Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, o tema do narcotráfico transnacional e a segurança pública foi discutido ao lado do presidente da Colômbia, Gustavo Petro, e da chanceler do Equador, Gabriela Sommerfeld.
Enquanto Petro defendeu a descriminalização como solução para a violência na América Latina, Barroso ressaltou a importância de abordar as desigualdades territoriais e a política antidrogas americana militarista como raízes da violência na região. Ele também criticou a visão progressista, destacando a necessidade de garantir segurança para a população mais pobre.
Além disso, Barroso alertou para a disseminação do problema de segurança no país, especialmente na região amazônica, e afirmou que o Brasil corre o risco de perder a soberania da Amazônia para o crime organizado. Ele propõe uma política de segurança pública mais abrangente e destacou a necessidade de equacionar a questão das drogas com ousadia e criatividade, ressaltando que a atual abordagem não está funcionando.
O ministro participou de painéis sobre a América Latina, a Amazônia e a inteligência artificial no evento, defendendo um papel de liderança para a América Latina em questões ambientais. Barroso destacou que a questão do tráfico de drogas vai muito além dos usuários e afeta comunidades inteiras, violando os direitos humanos e prejudicando famílias. Ele ressaltou a importância de encontrar soluções eficazes para combater esse problema que aflige o país.