Durante o evento, Barroso ressaltou que nos últimos tempos o problema da segurança pública e da violência tem se agravado, e a necessidade de incluir essa preocupação na agenda, especialmente na agenda progressista. Ele fez uma crítica, argumentando que o pensamento progressista sempre negligenciou, em alguma medida, a questão da segurança pública, atribuindo-a apenas à pobreza e à desigualdade. No entanto, ressaltou que os mais pobres também precisam de segurança pública e que é necessário avançar nessa área.
O presidente do STF enfatizou sua preocupação com o crime organizado e com a soberania da Amazônia. Ele afirmou que o Brasil corre o risco de perder a soberania sobre essa região para o crime organizado, não para outros países. Barroso destacou uma série de crimes ambientais que ocorrem na Amazônia, como a extração ilegal de madeira, a mineração ilegal, a grilagem de terras, as queimadas ilegais e o tráfico de drogas, que tem utilizado a região como rota.
Barroso também revelou que pretende organizar um evento no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que ele também preside, para discutir o tema da segurança pública e do combate às drogas. O ministro ressaltou a necessidade de abordar esse problema com criatividade, ousadia e sem preconceitos, enfatizando a importância de encontrar novas estratégias para lidar com a situação.
Ele concluiu seu discurso ressaltando a urgência de encontrar soluções para o problema das drogas e da atuação do tráfico em comunidades pobres do Brasil. Barroso afirmou que o país está perdendo a guerra contra as drogas e ressaltou a importância de repensar as estratégias adotadas até o momento, independentemente das opiniões sobre repressão ou legalização. Segundo o presidente do STF, é fundamental reconhecer a falha das atuais políticas e buscar novos caminhos para enfrentar esse desafio.