O Nordeste tem uma importância simbólica para o petista, já que foi naquela região que Lula obteve sua maior vantagem sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro, com 12,5 milhões de votos à frente. Apesar das eleições municipais não estarem diretamente ligadas à disputa presidencial, Lula deixou claro que enxerga o embate deste ano como sendo entre ele e Bolsonaro.
Com as eleições presidenciais marcadas para 2024, o governo de Lula enfrenta a necessidade de acelerar entregas e realizar ações que possam impactar positivamente a população. Pesquisas encomendadas no fim do ano passado indicaram que até mesmo eleitores do PT desejam que Lula passe mais tempo no país, lidando com os problemas internos.
Nesse sentido, o governo planeja uma ofensiva que inclui inaugurações de obras, tentativas de aproximação com segmentos refratários ao PT, como o público evangélico, e a apresentação de investimentos do governo em cada região. Além disso, ministros foram orientados a visitar cidades de médio porte e dar entrevistas para veículos de comunicação locais.
Lula já tem uma agenda definida para essa semana, com passagens por Salvador, Paulo Afonso, Ipojuca, Recife e Fortaleza. Ele participará de cerimônias, lançará pedras fundamentais e assinará acordos de parcerias, mostrando a disposição do governo em atuar em diversas frentes.
Além das ações internas, os aliados do governo planejam uma agenda internacional para 2024, com destaque para as mais de 120 reuniões do G-20 que ocorrerão em 13 cidades até a Cúpula dos Chefes de Estado e de Governo no Rio de Janeiro, em novembro.
Assim, o retorno de Lula às viagens domésticas marca o início de uma estratégia para fortalecer sua presença no país e se preparar para um ano de desafios políticos.
