Tatuado na testa, jovem que recebeu pena por roubo perde direito ao regime semiaberto após fugir da prisão.

O jovem que ganhou notoriedade ao ter sido tatuado na testa com a frase “eu sou ladrão e vacilão”, em 2017, perdeu o direito de cumprir em regime semiaberto a pena por um crime de furto cometido em 2019. Ruan Rocha da Silva, de 23 anos, estava próximo de conseguir a progressão da pena, visto que sua conduta carcerária era considerada boa e o Ministério Público havia concordado com o pedido de sua defesa para a liberdade condicional. No entanto, Silva fugiu do Centro de Detenção Provisória (CDP) Belém 1, na zona leste de São Paulo, no dia 25 de dezembro.

Após a fuga, a advogada que o defendia deixou o caso, e Silva e outros seis homens quebraram uma grade de proteção, renderam um agente penitenciário e fugiram em direção à avenida Salim Farah Maluf. Dias depois, no entanto, Silva se arrependeu e se entregou à polícia. Ele retornou à prisão em 27 de dezembro e a juíza responsável determinou que ele voltasse ao regime fechado, argumentando que caso permanecesse em semiaberto, provavelmente tentaria se evadir novamente.

A primeira entrada de Silva no sistema prisional foi em fevereiro de 2019, após furtar um celular e dinheiro de duas funcionárias de um pronto-socorro. Ele foi condenado a 4 anos e 8 meses de prisão, cumpria a pena em regime semiaberto, mas fugiu em outubro do mesmo ano. Assim como no caso mais recente, sua fuga durou apenas um dia, sendo encontrado em São Bernardo do Campo.

O histórico de fugas e a condenação por furto tornaram a progressão de pena de Ruan Rocha da Silva mais complexa. A reincidência criminal e a dificuldade em se manter dentro do sistema prisional são desafios que ele agora enfrenta. Resta aguardar os desdobramentos legais e a decisão das autoridades em relação ao cumprimento de sua pena. Entretanto, é evidente que o caso de Silva levanta debates sobre questões relacionadas à ressocialização de detentos e a eficácia do sistema prisional em promover a reintegração dos indivíduos à sociedade.

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