De acordo com a SBIm, a pesquisa realizada pelo CFM pode gerar insegurança na comunidade médica e afastar a população das salas de vacinação, uma vez que equipara crenças pessoais à ciência. A entidade afirma que a pesquisa não trará benefícios à sociedade e criticou a atitude do CFM em realizar tal levantamento.
A SBIm ressalta a importância da vacinação contra a covid-19 em crianças, citando dados do Ministério da Saúde que apontam para 5.310 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e 135 mortes entre crianças menores de 5 anos no Brasil em 2023. Além disso, houve 2.103 casos de Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P), com 142 mortes, desde o início da pandemia.
A segurança da vacina é reforçada pelo último boletim de monitoramento de Eventos Supostamente Atribuíveis à Vacinação e à Imunização (Esavi) publicado pelo Ministério da Saúde, que aponta que a grande maioria dos eventos adversos relacionados à vacinação em crianças foram leves ou moderados.
A SBIm também argumenta que a obrigação da vacinação de menores de 18 anos está estabelecida nos artigos 227 da Constituição Federal e 14 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Diante desse cenário, a entidade se posicionou contrariamente à pesquisa conduzida pelo CFM e ressaltou a importância da vacinação como estratégia comprovadamente eficaz e segura para a prevenção da doença.
A Agência Brasil questionou o CFM sobre as críticas e solicitou posicionamento sobre a realização da pesquisa, porém até o fechamento da reportagem não houve resposta por parte do conselho.
Deste modo, a polêmica em torno da pesquisa realizada pelo CFM continua gerando controvérsias no meio médico, com a SBIm defendendo veementemente a vacinação das crianças como medida essencial para a prevenção da covid-19. A análise das opiniões dos médicos brasileiros continua sendo um ponto de discórdia, enquanto a vacinação infantil segue como pauta fundamental no combate à pandemia.
