Segundo a perita geral da Polícia Científica de Santa Catarina, Andressa Boer Fronza, as provas periciais demonstraram que a causa da morte das quatro vítimas se deu por asfixia por monóxido de carbono decorrente das alterações irregulares no escapamento. O laudo pericial e o inquérito ainda em preparação foram apresentados pela Polícia Civil do estado nesta sexta-feira.
Análises feitas pelas autoridades indicam que a saturação de monóxido de carbono no sangue e urina das vítimas estavam acima de 50%, o que resultou na morte da maioria dos jovens intoxicados. A perita criminal Bruna de Souza Boff confirmou que não foram detectadas presenças de drogas, medicamentos ou venenos nas amostras colhidas.
A perita explicou que o problema da intoxicação ocorre quando estamos em ambiente fechado, onde o monóxido de carbono atinge concentração superior à do oxigênio. A quantidade de gás emitido para a parte interna do veículo pela peça com modificações ilegais foi tão grande que superava o limite do medidor utilizado para a análise pericial.
O delegado Vicente Soares disse que o foco da investigação será a oficina em Aparecida de Goiânia, em Goiás, que realizou as modificações ilegais no escapamento do veículo. Os envolvidos na montagem do equipamento podem ser responsabilizados por homicídio culposo.
Os quatro jovens chegaram a sentir enjoo após a virada de ano e acreditavam se tratar de intoxicação alimentar, causada pela ingestão de cachorros quentes. Eles foram à rodoviária para buscar uma amiga, mas acabaram falecendo dentro do veículo, todos com sinais característicos de asfixia.