Em dezembro, todos os nove grupos de produtos e serviços analisados pela pesquisa registraram alta. O maior aumento veio do grupo de alimentação e bebidas, com 1,11%. Esse grupo teve influência significativa no resultado geral da inflação, contribuindo com 0,23 ponto percentual. O preço de produtos como batata-inglesa, feijão-carioca, arroz e frutas registraram aumentos significativos, impactados pelo clima desfavorável e redução da área plantada.
A alta dos preços de alimentos afetou também a alimentação fora do domicílio, que teve alta de 0,53% em dezembro. No grupo de transportes, as passagens aéreas continuaram subindo, enquanto os combustíveis tiveram deflação, com destaque para a gasolina.
No grupo de habitação, os destaques foram as altas da energia elétrica residencial, água e esgoto e gás encanado. Os demais grupos registraram os seguintes resultados: artigos de residência, vestuário, despesas pessoais, saúde, educação e comunicação.
Por outro lado, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve uma alta de 0,55% em dezembro, acumulando um aumento de 3,71% no ano, abaixo do registrado no ano anterior (5,93%).
É importante ressaltar que o resultado acumulado do ano do INPC ficou abaixo do IPCA principalmente por conta do maior peso que o grupo alimentação e bebidas tem dentro da cesta. Em dezembro do ano passado, os preços dos produtos alimentícios aceleraram, o que contribuiu para a alta do INPC no mês. Os não alimentícios também registraram variações maiores em dezembro em comparação com o mês anterior.
Ambos os índices, IPCA e INPC, refletem o cenário econômico do país e têm impacto direto na vida dos brasileiros, influenciando desde o poder de compra até a tomada de decisões financeiras. A alta dos preços, principalmente de alimentos, é um dos principais desafios a serem enfrentados pelo governo e pelo Banco Central em 2024.