A queda nas exportações atingiram o número de 403,9 mil unidades comercializadas no mercado externo, uma redução em relação às 480,9 mil do ano anterior. Os principais países impactados foram Argentina, Chile e Colômbia, com reduções expressivas nas vendas. Além disso, a produção de caminhões e ônibus também sofreu uma queda de 37,5%, devido aos custos mais elevados das novas tecnologias de controle de emissões, adotadas para atender a etapa P8 do Proconve.
Por outro lado, as vendas de veículos novos tiveram um aumento de 11,2%, totalizando 2,18 milhões de unidades emplacadas, um desempenho positivo em relação aos 2,10 milhões do ano anterior. O destaque foi para a média diária de emplacamentos, que cresceu ao longo do ano e atingiu o melhor resultado dos últimos quatro anos em dezembro.
Para o ano de 2024, a Anfavea estima um crescimento nas vendas, na produção e nas exportações. A previsão é de um aumento de 6,1% nas vendas, totalizando 2,45 milhões de unidades, um aumento de 6,2% na produção, chegando a 2,47 milhões de unidades, e um acréscimo de 0,7% nas exportações, com um total de 407 mil unidades. O presidente da associação, Márcio de Lima Leite, acredita que o mercado interno e a produção terão um crescimento positivo no próximo ano, e destaca a importância da publicação da Medida Provisória nº 1.205, que instituiu o Programa Mover e traz benefícios para o setor automotivo brasileiro.
O Programa Mover é descrito como uma política industrial moderna e inteligente, que traz previsibilidade para a cadeia automotiva no país e privilegia as novas tecnologias de descarbonização, investimentos em pesquisa e desenvolvimento, e favorece a neoindustrialização. Com essas perspectivas para o futuro, a Anfavea acredita que o setor automotivo brasileiro terá um ano positivo em 2024.