Polícia Civil busca pistas de helicóptero desaparecido utilizando dados de localização de celulares das vítimas para tentar solucionar mistério.

As buscas pelo helicóptero desaparecido em São Paulo, no último dia 31 de dezembro, entram no nono dia sem sucesso. A Polícia Civil está utilizando dados da localização dos celulares das quatro pessoas que estavam a bordo da aeronave para tentar localizar pistas que solucionem o mistério. Segundo as autoridades policiais, a última localização de um dos aparelhos dos desaparecidos foi registrada na região de Paraibuna, interior de São Paulo.

Um Robinson R44, fabricado em 2001, decolou do aeroporto Campo de Marte, na zona norte de São Paulo, com destino à cidade de Ilhabela, no litoral norte. O piloto relatou dificuldade para concluir o voo devido ao mau tempo na região, chegando a fazer um pouso de emergência antes de sumir dos radares.

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo informou que, após autorização judicial, agentes da Unidade de Inteligência do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (DOPE) tiveram acesso à localização de antenas (ERBs) dos celulares do piloto e dos passageiros, com o objetivo de tentar localizar a aeronave e seus ocupantes. No entanto, a interceptação telefônica de áudio, dados telemáticos ou mensagens de texto dos ocupantes não foi realizada. Além disso, não foram localizados sinais de atividade dos outros três aparelhos dos demais passageiros, indicando que podem estar desligados.

Equipes da Polícia Militar e da Força Aérea Brasileira (FAB) também estão participando das operações de busca e resgate. A PM afirmou que já completou 50 horas de voo em busca do helicóptero desaparecido.

Segundo o porta-voz do Comando de Aviação da Polícia Militar de São Paulo, major Cesar Augusto Silva, a PM ainda mantém esperança de encontrar as quatro pessoas com vida. Ele pediu para que os moradores da região entrem em contato com a polícia caso tenham visto algum sinal da aeronave.

Enquanto as operações de busca continuam, familiares dos desaparecidos tentam manter o otimismo. A mãe de Luciana Marley Rodzewics Santos, de 46 anos, e avó de Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, de 20 anos, relatou sua angústia diante da situação, mas expressou sua fé na sobrevivência das vítimas.

No fim de semana, a FAB anunciou que reforçou as buscas e passou a utilizar na operação o helicóptero Black Hawk, além do avião SC-105 Amazonas. Este último é equipado com um radar com capacidade de alcance de até 360 quilômetros e um sistema eletro-óptico de busca por imagem. A FAB também divulgou que conta com um sistema de comunicação via satélite, possibilitando o contato com outras aeronaves ou centros de coordenação de salvamento.

As buscas continuam intensas e a expectativa é de que a aeronave e seus ocupantes sejam encontrados em breve. Enquanto isso, as autoridades e equipes de resgate seguem empenhadas na operação.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo