Empresa de segurança em São Paulo realiza teste simulando invasão a condomínios. Resultados revelam falhas e medidas para aprimorar segurança.

Uma matéria jornalística sobre a segurança em condomínios residenciais na cidade de São Paulo

No último mês, a empresa de segurança Haganá realizou testes de invasão em sete condomínios residenciais na capital e em Guarulhos. A experiência foi confirmada por um motorista de aplicativo que simulou ser um funcionário da empresa, utilizando um uniforme emprestado para realizar uma simulação de acesso criminoso. O teste simulava uma invasão à guarita do condomínio, o que representaria riscos aos moradores em uma situação real.

Um dos endereços em Guarulhos foi alvo de quatro tentativas de invasão, com diversas situações, incluindo um adolescente simulando ser morador, uma mulher com trajes de ginástica, um veículo embicando na entrada da garagem e um homem que fingia ser um entregador. Todas as tentativas foram repelidas com sucesso.

A equipe do condomínio do Jardim das Perdizes, onde a segurança apresentou falha, conseguiu barrar uma tentativa de invasão de veículo pela garagem momentos antes da simulação. O diretor de operações da Haganá, Ricardo Francisco Napoli, responsável pelo setor de testes da empresa, afirmou que a empresa realiza esses testes há 26 anos, com cerca de 2.000 simulações por mês em mais de mil condomínios onde presta serviços. Em média, 50 a 60 investidas (até 3% do total) resultam em falhas durante os testes.

Napoli reforçou a importância dos testes operacionais para manter as equipes em alerta e atentas ao cumprimento dos procedimentos de segurança. Ele também destacou que os atores utilizados nas simulações são funcionários da própria empresa, treinados para interpretar os papéis a fim de dificultar o nível do teste. Outras empresas do ramo também adotaram as simulações como forma de aprimorar a segurança nos condomínios.

Diante desses testes, o delegado Vinícius Nogueira, da 4ª delegacia do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), recomenda a implementação de reconhecimento facial para abertura do portão nos condomínios, além da identificação das visitas já dentro da “clausura” para dificultar o acesso indevido de pessoas.

Para José Roberto Graiche Júnior, presidente da Aabic (Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo), a massificação de equipamentos de segurança em condomínios conseguiu reduzir o número de casos de invasão a edifícios. No entanto, ele alerta para um aumento significativo de assaltos na calçada, o que tem gerado preocupação entre os moradores.

Diante desse cenário, a associação tem orientado e preparado os funcionários dos condomínios para lidar com golpes e antecipar situações que possam ser aproveitadas por criminosos, como, por exemplo, a aplicação do Censo. A atenção e preparo dos funcionários, aliado às tecnologias de segurança, se fazem essenciais para evitar situações de riscos nos condomínios residenciais da cidade de São Paulo.

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