Repórter São Paulo – SP – Brasil

Belém, sede da COP30, enfrenta crise de lixo e esgoto: ruas tomadas por pilhas de lixo dificultam o trânsito e moradores convivem com esgoto a céu aberto.

A cidade de Belém, escolhida como sede da COP30, conferência do clima da ONU (Organização das Nações Unidas), está enfrentando um grave problema de acumulação de lixo nas ruas desde junho do ano passado. O sistema de coleta da prefeitura, o esgotamento da capacidade do aterro sanitário e uma dívida de R$ 15 milhões com empresa que faz o tratamento dos resíduos são apontados como os principais motivos para a situação caótica.

Nas ruas da cidade, é possível observar pilhas de lixo tão grandes que bloqueiam completamente as calçadas e se estendem por boa parte das pistas de automóveis, gerando transtornos consideráveis para pedestres e motoristas. Moradores do bairro Pedreira chegaram ao ponto de atear fogo em entulhos e sacolas de lixo na avenida Arthur Bernardes, bloqueando completamente a via por cerca de uma hora.

Diante da situação, o prefeito Edmilson Rodrigues lançou a operação “Limpezão Emergencial”, com mais de mil agentes de limpeza e 74 caminhões de coleta de lixo. O prefeito atribui a crise do lixo a uma queda na arrecadação municipal e a contratos malfeitos com o aterro sanitário de Marituba por gestões anteriores. Segundo ele, a solução definitiva para o problema está próxima, com a conclusão de uma licitação que resultará na instalação de um novo sistema de limpeza urbana e tratamento dos resíduos.

Além da coleta deficiente, Belém enfrenta problemas na destinação do lixo, já que o aterro sanitário de Marituba atingiu sua capacidade e teve seu fechamento adiado por acordos firmados no TJ-PA. A empresa responsável pela administração do aterro, a Guamá Tratamentos de Resíduos, chegou a anunciar a suspensão do recebimento de resíduos sólidos da capital do Pará após acusar a falta de pagamento por parte da Prefeitura.

Além do lixo, Belém também enfrenta problemas relacionados ao saneamento básico, com uma baixa cobertura de esgotamento sanitário e problemas na qualidade da água potável. Diante de todos esses desafios, a população aguarda uma solução por parte da prefeitura para enfrentar essa situação. A Prefeitura de Belém foi questionada sobre a dívida com a Guamá e planos para melhorar os índices de saneamento básico, mas não respondeu até o momento. Com a proximidade da COP30, a expectativa é que a questão do lixo e do saneamento básico na cidade receba a devida atenção e solução.

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