Buscas pelo helicóptero desaparecido no litoral de SP chegam ao 6º dia e têm se tornado complexas.

As buscas pelo helicóptero que desapareceu no litoral paulista chegam neste sábado ao sexto dia. A aeronave decolou no domingo, 31 de julho, de São Paulo e iria para Ilhabela quando sumiu dos radares.

Em entrevista à CNN, o tenente-coronel Emanuel Garioli, comandante do Esquadrão Pelicano da Força Aérea Brasileira (FAB), afirmou que não há uma data prevista para que as buscas sejam encerradas. Segundo ele, as condições climáticas desfavoráveis têm dificultado o trabalho das equipes de resgate.

“Normalmente, quando somos acionados em busca, a meteorologia não é favorável. Temos também um relevo montanhoso e a Mata Atlântica densa. Junto com isso, ainda temos uma aeronave pequena e na cor cinza”, disse o oficial.

Esses possíveis desvios fazem com que a FAB trabalhe em uma área muito grande para fazer as buscas. Segundo a corporação, as equipes de resgate fazem a varredura em uma área de 5.000 metros quadrados.

Por sua vez, a Polícia Militar de São Paulo também participa das buscas pela aeronave desaparecida. O major Joscilênio Fernandes destacou que a operação é “como procurar uma agulha no palheiro”.

“O helicóptero é cinza, e se ele tiver debaixo das árvores, uma vegetação espessa, fica muito mais difícil o trabalho visual, por mais que a gente seja treinado para isso e estejamos voando baixo”, afirmou Fernandes.

Um dos passageiros do helicóptero, o empresário Raphael Torres, enviou uma mensagem de voz ao filho na tarde de domingo dizendo que o tempo estava ruim em Ilhabela e que a aeronave tentaria pousar em Ubatuba.

Segundo a nutricionista Herika Torres, irmã de Raphael, a mensagem foi enviada por volta das 14h25. Esse foi o último contato feito pelo empresário antes do desaparecimento da aeronave.

Raphael havia convidado para o voo a amiga Luciana Rodzewics, 46, Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, 20. Elas fariam um “bate-volta” em Ilhabela.

O helicóptero, um Robinson R44 fabricado em 2001, era pilotado por Cassiano Tete Teodoro, 44 anos. Ele teve sua licença e as habilitações cassadas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) por causa de “condutas infracionais graves à segurança da aviação civil”. A agência reguladora diz que ele chegou a recorrer, mas a decisão foi mantida.

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