O Plano Diretor teve sua revisão concluída em 2014, mas ao ser aprovado na Câmara, gerou uma nova lei que enfatizava a verticalização como resposta para os problemas da cidade. Entretanto, muitos criticaram a lei por dar pouca atenção à qualidade de vida, espaços públicos, transporte, desigualdade e consequências dos novos empreendimentos.
Além disso, o Zoneamento aprovado nos últimos dias do ano flexibilizou regras de moradia populares e aumentou as áreas de verticalização, deixando a desejar no que diz respeito à relação entre densidade e transporte público, de acordo com críticas.
O aumento de mortes no trânsito também foi um ponto de preocupação, ocasionando mais de 880 mortes e afrouxando a fiscalização, o que resultou em visualizações diárias de desrespeito às leis de trânsito.
Outro destaque foi a polêmica implementação da tarifa zero aos domingos, que não contou com a adesão do Governo Estadual, gerando incertezas em relação aos impactos financeiros e de mobilidade para a cidade.
As obras de substituição das pedras portuguesas do centro, que começaram em 2019, continuaram durante o ano, com a inauguração do primeiro trecho prevista para o próximo aniversário da cidade.
Ainda foram assuntos de destaque a falta de conclusão do novo Anhangabaú, a persistência dos problemas na Cracolândia, o anúncio da transferência da administração estadual para a região dos Campos Elíseos e a aceleração das concessões de parques e áreas públicas.
Apesar de todos os desafios enfrentados, algumas iniciativas positivas foram destacadas, como o programa de reurbanização de favelas, por sua execução firme e consistente, e o projeto-piloto Reencontro, que oferece acolhimento a pessoas em situação de rua com famílias.
Em suma, a cidade de São Paulo enfrentou e continua enfrentando diversos desafios urbanos, com avanços e obstáculos em áreas cruciais para a qualidade de vida de seus habitantes. O ano de 2023 foi marcado por mudanças significativas, que refletem a busca por soluções para os problemas enfrentados pela metrópole.
