Quinto dia de buscas do helicóptero desaparecido no litoral norte é comparado a “procurar uma agulha no palheiro” pelo Major da PM.

A Polícia Militar (PM) segue com as buscas pelo helicóptero que desapareceu no litoral norte de São Paulo. O Major Joscilênio Fernandes, responsável pela operação, comparou a busca a “procurar uma agulha no palheiro”. Às 7h30 desta sexta-feira, iniciou-se o quinto dia de busca pela aeronave, que desapareceu do radar no domingo (31) e deu início ao resgate no dia seguinte.

Em declaração, o Major revelou que na operação de hoje, cinco tripulantes da PM voaram em direção à Ilhabela para auxiliar nas buscas, retornando então para São José dos Campos, onde uma base foi montada. A maior dificuldade da operação, de acordo com o Major, é relacionada às condições climáticas desfavoráveis e à região montanhosa e de serra do mar, que dificultam a visualização da aeronave.

A aeronave em questão, pilotada por Cassiano Tete Teodoro, teve sua licença e habilitações cassadas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) por “condutas infracionais graves à segurança da aviação civil”. Entretanto, em outubro de 2023, após cumprir o prazo máximo de penalidade de dois anos, o piloto recorreu e obteve uma nova licença com habilitação para Piloto Privado de Helicóptero (PPH), mas sem autorização para realização de voos comerciais de passageiros.

O empresário Raphael Torres, de 41 anos, convidou a amiga Luciana Rodzewics, de 46 anos, e a filha dela, Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, de 20 anos, para o voo no helicóptero desaparecido. Ele tinha como intenção realizar um “bate-volta” em Ilhabela.

O helicóptero desaparecido é um Robinson R44, fabricado em 2001, com capacidade para três passageiros e o piloto. O equipamento, cujo prefixo é PR-HDB, não tem permissão para realizar o serviço de táxi aéreo, mas a documentação do Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade está em situação regular, com validade até junho de 2024. Em entrevista à CNN, o especialista em segurança aérea Lito Souza afirmou que as cores preta e cinza do equipamento dificultam as buscas, gerando uma espécie de camuflagem em relação à vegetação.

Além disso, a região da serra do mar entre Salesópolis, Natividade da Serra e Caraguatatuba tem um raio de buscas que está sendo mantido. O Major relatou que, por não saber qual foi a decisão do piloto após o pouso forçado, a área de busca é grande, e que não descansarão até encontrar o helicóptero, ressaltando que não é um trabalho fácil.

As informações enviadas pela Anac, assim como as causas do desaparecimento do helicóptero, estão sendo averiguadas pela defesa do piloto. O namorado de Letícia afirmou que a família estava planejando organizar uma vaquinha para contratar pessoas que possam auxiliar nas buscas, mas essa iniciativa foi posteriormente suspensa pela família.

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