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Lula defende padre Júlio Lancellotti em meio a ameaça de CPI das ONGs na Câmara de São Paulo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez uma declaração em apoio ao padre Júlio Lancellotti, alvo de uma CPI das ONGs que deve ser instalada na Câmara Municipal de São Paulo a partir de fevereiro.

Lula utilizou suas redes sociais para defender o trabalho do religioso, afirmando que “graças a Deus” o país tem pessoas como Júlio Lancellotti e que seu trabalho é essencial para assistir a população em situação de vulnerabilidade social. O presidente ressaltou a dedicação de Júlio Lancellotti em oferecer dignidade, respeito e cidadania às pessoas em situação de rua na capital paulista.

A CPI, proposta pelo vereador Rubinho Nunes (União Brasil), tem como alvo o trabalho de ONGs que atuam no centro de São Paulo, especialmente na região da cracolândia. O vereador deixou claro que seu principal alvo é o padre Júlio Lancellotti, do qual é um crítico.

Além disso, o parlamentar também mira duas entidades próximas ao religioso, o Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto, conhecida como Bompar, e o coletivo A Craco Resiste. Segundo Nunes, ambas as entidades teriam ligação com padre Júlio.

Porém, o próprio padre afirmou que não faz parte de nenhuma ONG e não tem envolvimento com projetos que envolvam dinheiro público, questionando a necessidade de uma investigação sobre suas atividades. Ele ressaltou que suas ações são realizadas pela Arquidiocese de São Paulo, que não é uma ONG e não tem convênio com a prefeitura.

Além de Lula, outros membros do governo também defenderam Júlio Lancellotti, como o ministro Alexandre Padilha, que manifestou solidariedade ao religioso e afirmou que a proposta de CPI é uma forma de perseguição a defensores da justiça social.

Assim, a defesa de Júlio Lancellotti por parte de figuras públicas demonstra a repercussão do caso e a preocupação com as possíveis motivações por trás da investigação do religioso. A discussão sobre a instalação da CPI das ONGs e seu impacto nas atividades sociais realizadas pelo padre Júlio Lancellotti promete continuar gerando debate e polêmica nos próximos meses.

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