Segundo o otorrinolaringologista Thiago Brunelli Resende da Silva, do Hospital Santa Casa de Mauá, o barotrauma geralmente é momentâneo, mas em alguns casos pode se tornar mais grave. Os principais sintomas incluem dor e entupimento do ouvido, diminuição da audição, zumbido, dor de cabeça, perda auditiva temporária, tontura, náusea, vômito e até mesmo sangramento.
Além das situações comuns em aviões e carros em trechos de serra, o barotrauma também pode ocorrer em mergulhos mais profundos, esportes de altas altitudes, resfriados, gripes, alergias e tratamentos em câmaras de oxigênio hiperbáricas. Crianças e bebês podem sofrer mais com o desconforto, e uma das sugestões é amamentá-los ou oferecer líquidos para aliviar os sintomas.
Para evitar o entupimento auditivo, algumas dicas são mascar chiclete, bocejar, engolir, ficar acordado durante decolagens e pousos, respirar fundo e segurar a saída do ar com bocas e nariz tapados por alguns instantes. O uso de descongestionantes nasais também pode ser eficaz para abrir as vias nasais e equilibrar a pressão do ouvido, mas é fundamental que sejam recomendados por um especialista.
Caso os sintomas persistam ou se tornem mais intensos, é importante buscar atendimento médico, pois o tratamento irá depender da gravidade dos danos causados pelo barotrauma. Sangramentos, ruptura do tímpano e otite são algumas das possíveis consequências graves do quadro.
Portanto, é fundamental estar atento aos sinais e buscar ajuda médica caso os sintomas não desapareçam ou diminuam dentro de alguns dias. Cuidar da saúde auditiva é essencial para garantir o bem-estar e a qualidade de vida.