Nas últimas semanas, pescadores da região de Maceió, em Alagoas, registraram a morte de peixes na lagoa Mundaú. Essa situação chamou a atenção dos técnicos do Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA-AL), que já iniciaram uma análise da qualidade da água da lagoa.
A área da lagoa Mundaú tem sido alvo de atenção desde o colapso da mina 18 da Braskem, uma mineradora que afirmou não haver alteração no padrão de qualidade da água da lagoa, mesmo reconhecendo a presença de altos índices de contaminação.
O rompimento do teto da mina ocorreu em decorrência de fortes abalos sísmicos em Maceió, levando à evacuação da área próxima à mina. Apesar de não ter causado vítimas, esse incidente suscitou a preocupação de especialistas, que acreditam que a água da lagoa pode se tornar altamente salinizada devido à presença de sal-gema, prejudicando a fauna e a flora do local.
O IMA realizou coletas para novas análises da água da lagoa Mundaú no último domingo (31) e segunda-feira (1º) e pretende ter os resultados em até sete dias úteis. Além disso, fontes ligadas ao Governo de Alagoas indicaram que a lagoa já tem um histórico de mortandade de peixes devido ao lançamento de esgoto e à proximidade de indústrias e empresas.
A mineradora Braskem divulgou um estudo realizado pela Universidade Federal de Alagoas e pelo IMA, afirmando que não houve alteração significativa na qualidade da água da lagoa após o rompimento da mina. A empresa ressaltou que a situação de alta contaminação da água é antiga e não está diretamente ligada ao colapso da mina.
Além disso, a região de Maceió tem sido afetada por um afundamento causado pelas atividades de mineração da Braskem, que já atinge cerca de 20% da cidade, levando à evacuação de 14 mil residências. Com todas essas informações, as autoridades e especialistas continuam monitorando de perto a situação da lagoa Mundaú e aguardam os resultados das análises para tomar as medidas necessárias.
