Formada pelo Instituto de Educação Rangel Pestana, Mara foi aprovada em um concurso para lecionar na rede estadual do Rio de Janeiro. No entanto, demonstrando seu espírito de liderança, ela deixou a sala de aula anos depois para trabalhar como orientadora pedagógica em uma escola localizada em uma comunidade altamente afetada pelo tráfico de drogas, pobreza e vulnerabilidade social.
Mara preocupava-se com o bem-estar dos alunos e decidiu empreender uma busca ativa por eles. Seu esforço e determinação fizeram com que ela conseguisse completar os três turnos das turmas até o ensino médio. No entanto, a educadora foi vítima de racismo na escola, o que a levou a mudar seu rumo profissional. Ela decidiu se dedicar à gestão da educação no estado e fundou o Instituto de Mulheres Negras Herdeiras de Candaces.
Inspirada nas candaces, mulheres com papéis proeminentes no antigo reino de Kush, na África subsaariana, Mara lutou para incluir as mulheres menos favorecidas e invisíveis por meio do trabalho e da qualificação. Sua luta era uma constante ativação no ativismo em prol das mulheres negras.
Mesmo enfrentando a anemia falciforme, Mara nunca deixou de lutar por suas causas. Ela se tornou superintendente de igualdade racial da pasta de Assistência Social e Direitos Humanos do governo do Rio de Janeiro, onde enfrentou o desafio de promover a igualdade de oportunidades para as minorias.
Infelizmente, Mara faleceu no Rio de Janeiro em 14 de dezembro, deixando um legado de luta e dedicação. A educadora deixa seus irmãos, mães e sobrinhas, além de um exemplo de determinação e superação. Sua história serve de inspiração para todos aqueles que buscam promover mudanças positivas em suas comunidades.
