IPC-S acelera para 0,29% em dezembro, fechando 2023 com alta de 3,55%, acima das projeções.

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) da Fundação Getulio Vargas apresentou uma aceleração em dezembro, alcançando 0,29%, após encerrar novembro em 0,27% e a terceira quadrissemana de dezembro em 0,18%. Esses resultados surpreenderam as medianas da pesquisa do Projeções Broadcast, que apontavam variações de 0,25% para o IPC-S do mês e de 3,48% para 2023.

Seis das oito classes de despesa que compõem o indicador registraram aceleração, com destaque para Alimentação, que foi puxada por hortaliças e legumes, apresentando variação de 1,01% em dezembro. Houve também avanço de Saúde e Cuidados Pessoais, Vestuário, Transportes, Despesas Diversas e Habitação, impulsionados por diversos fatores.

Por outro lado, a FGV apurou desaceleração em Educação, Leitura e Recreação e Comunicação, com destaque para o comportamento de itens como passagem aérea e mensalidade para TV por assinatura, respectivamente.

As maiores influências para cima do IPC-S de dezembro partiram especialmente de batata inglesa, passagem aérea, banana prata, plano e seguro de saúde e arroz. Entre as pressões de baixa, destaque para gasolina, perfume, xampu, condicionador e creme, desodorante e combo de telefonia, internet e TV por assinatura.

Esses resultados indicam que o cenário econômico continua apresentando volatilidade e pressões inflacionárias, o que pode impactar o poder de compra da população e influenciar o comportamento do mercado nos próximos meses.

Com o indicador fechando 2023 com alta de 3,55%, ante elevação de 4,28% registrada em 2022, é possível perceber que a inflação demonstrou uma desaceleração em comparação ao ano anterior, mas ainda assim permanece em patamares preocupantes.

Diante desse contexto, é importante que o governo, as empresas e a sociedade como um todo estejam atentos aos desdobramentos desses números e tomem as medidas necessárias para mitigar os impactos da inflação no dia a dia das pessoas e na economia como um todo. Ações coordenadas e estratégicas serão fundamentais para enfrentar os desafios econômicos que se apresentam.

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